Aqueles que enjoam facilmente precisam se prevenir. A dica é passada pela estudante Priscila Santos, que nesta semana foi pela primeira vez para a Ilha do Mel, no litoral do Paraná.
Ela estava em um dos 50 barcos que fazem a travessia para a ilha. Todos são vinculados à Associação de Barqueiros do Litoral Norte do Paraná (Abaline), que além de levar e buscar turistas da Ilha do Mel, tem como rota Guaraqueçaba, Ilha das Peças, Superagui e Ilha do Cardoso.
Para chegar à Ilha do Mel é preciso encarar o mar aberto e ainda cruzar com a rota dos grandes navios que aportam no Porto de Paranaguá, o que proporciona o encontro muito próximo com os cargueiros.
Trata-se de uma viagem que varia de 40 minutos a duas horas, dependendo do ponto de partida: Pontal do Paraná ou Paranaguá, respectivamente, conforme explica o barqueiro Joel Luiz, que trabalha na travessia desde 1990.
“Quando a navegação é contra a maré o tempo de viagem pode aumentar em até meia hora, pois a força da água exige mais esforço dos barcos. O mesmo acontece quando a chuva atinge as embarcações. A chuva em si não é problema, mas as condições de visibilidade são prejudicadas dependendo da chuva. Nessas ocasiões a redução da velocidade é essencial”, explica. Segundo ele, o vento é a condição mais perigosa para navegação.
O marinheiro conta, no entanto, que nesses últimos dez anos de trabalho nunca passou por uma situação perigosa. “Os barcos são seguros. Temos colete salva-vidas extra para uma tripulação de até 90 pessoas”, conta.
Segundo o capitão Vitor Valentin, há 20 anos na profissão, caso alguma falha atinja o barco é possível navegar por aparelhos analógicos. “No mar não temos como prever temporais, por exemplo. Mas se uma chuva forte nos atingir e os equipamentos eletrônicos falharem, prosseguimos a navegação por meio da bússola. Com ela chegamos a qualquer lugar”, garante Valentin.
Relax
Bruno Souza, estudante de Paranaguá, conta que a travessia pode ser um momento de reflexão. “Logo que saímos de Paranaguá é possível sentir aquele ar diferente. Parece que estar próximo do mar relaxa a nossa alma. Como a viagem por Paranaguá leva mais tempo, aproveito para descansar com o balanço do mar”, conta.
Mas para Priscila, relaxar é possível apenas com um remédio antienjoo. “Antes de ir para a Ilha do Mel li comentários em comunidades virtuais. Lá eles falavam que o balanço do barco poderia causar enjoo. Tomei então um remédio para poder aproveitar mais a viagem”, disse. Outra dica é passada pelo australiano Martin Falcon. “Um jogo de cartas cai bem numa viagem longa como essa”, recomenda.
Os barcos para a Ilha do Mel saem diariamente. De Pontal, a partir das 7h. Depois das 8h, barcos de meia em meia até as 20h. Já por Paranaguá, os barcos saem às 8h30, 9h30, 11h, 13h, 15h, 16h30 e 18h. Mais informações pelo site www.abaline.com.br.