Quem precisa de empréstimo deve ficar atento. As facilidades tentadoras podem esconder uma enorme dor de cabeça no futuro. O empréstimo deve ser feito somente em instituições financeiras sólidas e conhecidas no mercado. A orientação vem tanto da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba quanto da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon/PR).

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Na última semana, a polícia de São Paulo prendeu uma quadrilha que atraía pessoas interessadas no empréstimo com juros baixos e liberação imediata do dinheiro, sem necessidade de consulta em instituições de crédito. Os bandidos montaram uma empresa de fachada, anunciavam nos classificados de jornais e atendiam somente por telefone. Quem queria o dinheiro tinha que pagar antes uma contribuição para “suporte”. A pessoa depositava a quantia e ficava sem o empréstimo.

Um caso como este configura agiotagem, prática criminosa de quem empresta dinheiro fora do mercado regulamentado e com taxas de juros altíssimas. Os agiotas são normalmente procurados por quem não consegue crédito da maneira tradicional.

“A pessoa interessada em um empréstimo deve recorrer a uma instituição confiável e séria”, orienta José Vitor Silva Pinhão, delegado-adjunto da Delegacia de Estelionato. A coordenadora do Procon/PR, Claudia Silvano, ainda aconselha o consumidor a desconfiar das ofertas muito facilitadas. “Não dá para se iludir com facilidades que não existem. Não tem o menor sentido depositar nada. É preciso muito cuidado, por mais desesperado que esteja”, afirma.

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Ela cita ainda como indícios de algo está errado os anúncios com contatos telefônicos de outros estados ou nenhuma referência formal da empresa, como a orientação de depositar um sinal em uma conta corrente, ainda mais sendo de pessoa física.

A Delegacia de Estelionato não investiga agiotagem. Mas há outros problemas envolvendo empréstimos, inclusive em empresas ligadas com instituições financeiras. Quem pegou dinheiro uma vez pode ter um segundo empréstimo em seu nome sem autorização. Ou ainda faz somente uma simulação e, mesmo assim, o empréstimo cai na conta e são debitadas as parcelas nas pensões e aposentadorias.

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“As empresas fazem sem autorização mediante fraude. É complicado, ainda mais envolvendo pessoas de mais idade. Depois tem que correr atrás de prejuízo”, comenta o delegado Pinhão.