O Procon-PR só vai divulgar os campeões de reclamações de 2012 no dia 15, mas as empresas de telefonia seguem no topo do ranking. Além do serviço de telefonia fixa e móvel, as operadoras hoje oferecem também serviços de internet e TV a cabo, o que só faz aumentar a necessidade do serviço de qualidade.

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O que era pra ser a simples limpeza no computador, virou verdadeira dor de cabeça para o bancário Daniel Jasper. Ele contratou o serviço de antivírus da GVT e, após formatar o computador, precisou de nova senha de ativação para o software de proteção. Para isso, teve que ligar para a empresa para falar com alguém da área de informática.

Para Daniel, o atendimento eletrônico foi um teste de paciência. Ele escutou as gravações, digitou vários números, enviou e-mail para ouvidoria da GVT e, como não conseguiu falar com ninguém da empresa, registrou reclamação na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, critica o modelo de atendimento adotado pela telefônica. “O consumidor perde muito tempo por causa dessas gravações, vai pra lá, vai pra cá. O que essas empresas fazem é realmente um abuso”.

Resultado

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Depois de ser procurada pelo Paraná Online, a GVT informou que o serviço de proteção para internet Protect de Daniel foi normalizado ontem à tarde. “A GVT orientou o cliente por telefone para fazer o download do aplicativo, restaurando o serviço”, diz, acrescentado que o caso dele fará parte das análises da área de atendimento ao cliente “para a melhoria de processos internos”.

A operadora informa que a Central de Atendimento ao Cliente está recebendo volume de chamadas superior ao previsto para este período para esclarecer dúvidas sobre instalação e solicitação de manutenção de serviços afetados pelas chuvas de verão, que ocasionaram danos técnicos à rede. Nos últimos meses a empresa contratou 1.450 novos colaboradores para melhorar a qualidade do atendimento.

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Dicas pro consumidor

Já o empresário do ramo moveleiro Marcos de Villa viu o seu problema com telefonia afetar sua vida profissional. Ele resolveu mudar de operadora e usou a portabilidade. Após a migração, seu número simplesmente desapareceu. “O pior é que esse era meu número de trabalho. Todos os meus clientes tinham esse contato. Eu tinha há cerca de dez anos”, lamenta.

A transferência foi feita entre as empresas Vivo e Oi. “Da última vez em que liguei para a Oi, informaram que no meu CPF constava outro telefone. Não sei de quem é o problema, mas quero meu número de volta”, reclama. Marcos procurou a Anatel e pretendia recorrer ao Procon. Ontem, para sua surpresa, o telefone voltou a funcionar.

Em casos como este, Claudia Silvano, do Procon, explica que o consumidor deve procurar o órgão de defesa ao consumidor para pedir a concretização da portabilidade. “Se quiser ser indenizado pelos danos profissionais, pode procurar também o Juizado Especial”, orienta. Além de protocolar pessoalmente a reclamação, o consumidor tem também a opção de preencher o formulário que está no site do Procon. Depois é só anexar a documentação que comprova o problema e enviar pelos Correios.