Foi retirada ontem uma parte intermediária do navio chileno Vicuña, que explodiu e afundou no cais da Cattalini, no Porto de Paranaguá, em 15 de novembro passado. A popa do navio, parte mais pesada e que ainda tem óleo com risco de vazar na baía, foi removida para uma parte mais rasa. Os técnicos da Smit Salvage – empresa holandesa que está removendo os destroços do navio – retiraram uma das partes centrais do navio e hoje devem tirar mais uma.
De acordo com João Antônio de Oliveira, fiscal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a peça retirada ontem era muito grande e não foi possível acomodá-la sobre a balsa para transportar até Pontal do Sul -que é o local para onde estão sendo levados os destroços do navio. "Como a peça estava muito suja de lodo, ela foi lavada e depois levada meio que arrastada pelo guindaste até Pontal do Sul", explicou Oliveira.
Caso os técnicos consigam remover a última parte intermediária que resta ainda hoje, só vai ficar faltando a retirada da popa. Oliveira acredita que mais 20 dias de trabalho serão suficientes para concluir a retirada do Vicuña.
Uma empresa será contratada para fazer uma varredura pela Baía de Paranaguá e confirmar se nenhum pedaço do navio continua debaixo d’água.
Paralelamente ao trabalho de retirada dos destroços, está sendo feita a limpeza das ilhas e arredores do ponto de explosão. Oliveira disse que muitos desses pontos já estão sendo desativados porque já se chegou ao limite do que pode ser feito. "Se tudo der certo, todos os trabalhos devem estar concluídos antes da Páscoa", disse.
Na explosão do Vicuña, cerca de um milhão de litros de óleo combustível vazaram na baía. Durante as diversas operações de retirada dos destroços do navio, houve mais vazamentos – só que em proporções menores. Ainda não se sabe qual será o impacto da poluição sobre o meio ambiente.