Emendas beneficiam hospitais filantrópicos

A inclusão de novas emendas no projeto de lei número 143/2005 promete melhorar um pouco a situação das Santas Casas e demais hospitais filantrópicos do Paraná, que há algum tempo passam por dificuldades financeiras. A expectativa é da Federação das Santa Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa). Operando no vermelho, esses hospitais se viram como podem e, quando já não podem mais, fecham as portas, como fez a Santa Casa Monsenhor Guilherme, de Foz de Iguaçu.

O projeto 143/2005, que cria a nova loteria Timemania, da Caixa Econômica Federal, veio, no início, para beneficiar os clubes de futebol, quanto ao pagamento de dívidas junto à União. Aprovado esta semana no Senado, o projeto volta à Câmara com 13 emendas. Entre as novas propostas está a destinação de parte da arrecadação do concurso, 3%, para as Santas Casas de Misericórdia e hospitais sem fins lucrativos. Essas instituições também poderão parcelar, em até 18 meses, as dívidas previdenciárias. ?Estando incluídos, recebemos parte da arrecadação que vai para o Fundo Nacional de Saúde e é repassado para as Santas Casas e entidades filantrópicas. Além disso, a possibilidade de financiamento de parte das dívidas antigas junto à União pelo menos é um alívio?, afirma o presidente da Femipa, Charles London.

Ele informa que a federação, assim como a Confederação das Santas Casas do Estado, há tempo vêm trabalhando ?para sensibilizar os parlamentares para termos também esse benefício?. Apesar de ser um alívio para esses hospitais que atendem mais de 30% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a defasagem continua. ?A nossa luta  demanda por melhoria, principalmente em relação à diferença de 40% na tabela (entre os gastos e o repasse do SUS), continuam. Enquanto não houver reajuste, a dificuldade das Santas Casas e hospitais filantrópicos vai continuar?, alerta London.

A Câmara dos Deputados deve definir ainda este mês quais serão as alterações no projeto.

Foz

A Santa Casa Monsenhor Guilherme fechou as portas no início do mês. Além de gerar revolta nos funcionários, o fato levou o Comitê Gestor da Irmandade da Santa Casa a solicitar, junto à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), uma auditoria interna na instituição. Ontem, a universidade divulgou uma nota dizendo que o processo será instaurado e ?deverá abranger todo o período pós-intervenção (2002) até o fechamento da unidade hospitalar?. A auditoria será levada por professores do curso de Ciências Contábeis da Unioeste e deve iniciar nos próximos dias. A nota é firmada pelo diretor-geral do campi de Foz do Iguaçu, Leônidas Lopes de Camargo.

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