Em Londrina, escolas voltaram a funcionar

Um levantamento realizado ontem pela Secretaria de Educação de Londrina mostrou que mais de 65% das escolas da cidade voltaram a funcionar ontem pela manhã, e mais de 59% à tarde. De acordo com a secretária municipal da Educação, Carmen Baccaro Sposti, das 92 unidades matutinas, 60 funcionaram (48 totalmente e 12 parcialmente). Trinta e duas permaneceram fechadas. À tarde, das 93 unidades, 49 atenderam plenamente, seis parcialmente e 38 ficaram fechadas. Hoje, a greve dos servidores públicos municipais da cidade entrou no 24.º dia.

Segundo a secretária, o crescimento do funcionamento das escolas, que não havia passado de 40% nos 23 dias anteriores da paralisação, é reflexo da assembléia da categoria realizada na segunda-feira, que votou pela continuação da greve. ?Havia uma grande expectativa de que a paralisação terminasse?, acredita. Contudo, com a continuação da greve, o temor da secretária é que o número de escolas abertas diminua durante a semana. ?Mas lembro que a reposição de aulas é inevitável?. Segundo Sposti, cada diretor deverá apresentar uma proposta para reposição, que será estudada pela secretaria. ?Como nem todas as unidades fecharam e algumas funcionaram parcialmente, o calendário para o resto do ano deverá ser diferenciado?, afirma.

Mobilização

Preocupados com a perda de fôlego no setor de educação e para que o mesmo não aconteça em outras áreas, o Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina (Sindserv) iniciou ontem uma campanha de conscientização, onde grevistas percorreram vários departamentos municipais. ?Além disso, vamos intensificar os protestos onde quer que o prefeito esteja despachando?, afirma o presidente do sindicato, Marcelo Urbaneja. O sindicalista informou ainda que os grevistas iniciaram ontem um acampamento no prédio da prefeitura.

O sindicato também prepara um grande protesto para os próximos dias 7 e 8 de abril, quando está prevista a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Londrina, durante uma feira agropecuária. ?O movimento tem fôlego para mais 20 dias de greve?.

Urbaneja apontou ainda o secretário da fazenda Wilson Sella como culpado pela decisão dos grevistas em continuar com a paralisação durante a assembléia de segunda-feira. ?Ele deu indicativas de que não negociaria a questão dos dias parados, ameaçando os grevistas com o desconto?.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo