Em duas semanas, Distrito Federal registra 4 casos de pedofilia

Em apenas duas semanas, a capital do País registrou quatro casos de pedofilia. No último deles, ocorrido na última segunda-feira (17), o técnico de computação Clayton Barroso, de 20 anos, foi preso na cidade satélite do Recanto das Emas, a 20 quilômetros do Plano Piloto. Ele oferecia balas a crianças na saída da escola e depois as levava para o interior de sua loja, onde abusava das vítimas, com idades de até cinco anos, e gravava fotos e imagens das cenas em meio eletrônico.

Barroso foi preso graças a um ato corajoso da mãe de duas meninas, uma de cinco e outra de nove anos, vítimas de Barroso. Ela foi pessoalmente à loja e, após constatar que as filhas tinham sido molestadas por ele, saiu gritando pela rua. Alertados, populares cercaram o pedófilo e começaram a espancá-lo. Ele foi salvo do linchamento com a chegada da polícia, que recolheu grande quantidade de imagens de pedofilia, gravadas em Pendrive, CDs e no telefone celular. O trabalho agora será identificar as vítimas e seus familiares para instrução do inquérito.

O caso mais chocante ocorreu no dia 13 passado, na cidade satélite de Ceilândia. O servidor público Luiz Antônio de Farias, de 56 anos, foi preso por abusar de meninas com o consentimento das mães, mediante pagamento. Ele molestou pelo menos sete crianças, segundo a polícia, que diz ter encontrado farto material pornográfico em CDs, DVDs e outras mídias na casa dele. O servidor foi indiciado por atentado violento ao pudor e as mães estão sendo intimadas a depor e devem ser indiciadas pelo crime de submissão de crianças à prostituição.

Um dia depois, a polícia prendeu, na área rural de Sobradinho, cidade satélite a 25 quilômetros de Brasília, o pedreiro Carlos Henrique de Oliveira, de 24 anos, acusado de abusar de quatro meninos.

O primeiro da série de quatro casos ocorreu no último dia 7, quando a Polícia Federal prendeu em flagrante o corretor de seguros G.P.L.J., de 45 anos, dentro do Ministério do Planejamento. O corretor, cujo nome a PF não revelou, é acusado de difundir pornografia infantil pela internet a partir do computador da biblioteca do Ministério.

Para a Polícia Civil, a grande concentração de casos não significa um surto de pedofilia, mas uma coincidência. Os casos, conforme o órgão, são casos isolados, ocorreram em cidades satélites distantes umas das outras e foram detectados em datas próximas apenas por coincidência.

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