Apelo aos Bancos

Em busca de soluções, sindicatos buscam novas linhas de crédito

Diante das dificuldades que muitos alunos tiveram em conseguir o Fies, o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR) e outras entidades semelhantes de todo o Brasil foram a São Paulo, na semana passada. O objetivo, conta Jacir Venturi, presidente do Sinepe, era o de negociar com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a criação de financiamentos estudantis que possam suprir a carência deixada pelo Fies, como algumas universidades já fazem. Venturi tem ciência de que nenhum destes financiamentos conseguirá bater a taxa de juros do Fies, que é de 3,4% ao ano. Mesmo assim, tentam conseguir algo acessível aos estudantes.

Insustentável

O sindicalista ainda analisou que o Fies, com esta taxa de juros, não é um programa autosustentável. Ou seja, não consegue repor tudo o que gasta. Por isso, anualmente, precisa de desembolsos do governo federal pra se sustentar. Ele defende que, se o Fies se mantivesse com uma taxa de juros igual ao da inflação anual (em torno dos 7%), talvez pudesse se manter.

“É claro que a dívida vai ficar maior. Mas o aluno vai continuar tendo os 18 meses de carência pra começar a pagar depois da formatura. Nesse período, tem tempo de conseguir um emprego e se estabilizar. O que é melhor? Ele pagar um pouco a mais lá no futuro, já encaminhado profissionalmente, ou não abrirmos mais oportunidades de acesso ao ensino superior? Afinal, cada ano de estudo representa 10% a mais de salário”, analisa o presidente do Sinepe.

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