Em apenas 43 dias da temporada de verão 2018, a Polícia Militar (PM) já soma mil prisões efetuadas nas praias do Paraná. A Operação Verão do governo estadual, que integra as forças de segurança, ainda tem ainda mais duas semanas, indo até 18 de fevereiro. Os números de ocorrências devem voltar a aumentar no carnaval, período em que as praias voltam a ter um fluxo muito grande de veranistas.
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O número alto de mil ocorrências também não conta as detenções efetuadas pela Polícia Civil. A milésima detenção no litoral foi quinta-feira (1°.), em Matinhos, onde um homem de 29 anos foi encaminhado à delegacia ao ser flagrado por dirigir bêbado.
O número elevado de detenções só reforça a explosão de prisões nas praias do estado entre fim do ano passado e o começo deste ano. No mesmo período da temporada passada, 412 pessoas foram detidas, menos da metade das detenções da atual temporada de verão, um aumento de 142,5%.
Segundo a PM, as mil prisões equivalem a ocorrências registradas nos sete municípios do Litoral. Entre os motivos estão pessoas com mandados de prisão em aberto, tráfico de drogas, porte ilegal de arma, furtos, roubos e embriaguez ao volante .
Afogamentos
A quantidade de outro tipo de ocorrência também chama a atenção no litoral neste verão. No último fim de janeiro, os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros chegaram a mil resgates de gente se afogando no mar, sendo que na temporada anterior foram 779 operações de salvamento.
Quando ao número elevado de afogamentos, a capitã Rafaela Diotalevi, porta-voz dos bombeiros da Operação Verão, disse que a maior quantidade de veranistas nas praias e o abuso de muitos banhistas no mar ajudam a explicar esse crescimento no número de ocorrências.
Crise carcerária
As mil detenções acontecem justamente em um período em que o sistema carcerário do estado passa por uma crise, com superlotação de detentos nas delegacias: são 9 mil presos nas unidades da Polícia Civil em todo o estado. Na última quarta-feira (31), a Justiça determinou a transferência de todos os detentos da Delegacia de Furtos e Roubos (DRF), no bairro Cristo Rei, em Curitiba, onde 63 detentos estão presos na carceragem que tem capacidade de apenas dez. A transferência deve ser concluída até 25 de abril, sob pena de multa diária e por preso de R$ 5 mil para o governo do estado e o delegado-titular da DFR.