Foto: Lucimar do Carmo

Profissionais caminharam da Santos Andrade até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.

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Educadores do Paraná realizaram ontem o ?Dia de Luto e Luta?, no qual a categoria relembrou o dia 30 de agosto de 1988, quando professores em greve tiveram um embate com policiais militares em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba.

Manifestações foram realizadas em diversas cidades do Estado. Em Londrina, foi promovido um ato público no calçadão. Já na capital, os educadores realizaram uma passeata da Praça Santos Andrade até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.

?Procuramos sempre relembrar o que aconteceu há dezenove anos com o objetivo de mostrar que nossa luta por melhores condições de trabalho e melhoria das escolas públicas continua.

Em 1988, protestávamos contra o rebaixamento de nosso piso salarial. É um problema que não foi resolvido até hoje?, comentou a secretária de organização do Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Marlei Fernandes.

Foto: Lucimar do Carmo

Marlei: ?Mais melhorias?.

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Ainda na manifestação de ontem, os educadores falaram sobre suas necessidades atuais. A principal reivindicação da categoria diz respeito à aprovação de um piso nacional, que está em definição na Comissão de Educação da Câmara.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende um piso de R$ 1.050,00 para professores com nível médio e de R$ 1.575,00 para profissionais com nível superior, para carga horária de trinta horas semanais.

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No Paraná, de acordo com a APP, os professores com  ensino médio ganham R$ 842,00 e os com terceiro grau, R$ 1.205,00, para 40 horas de trabalho.

?Também queremos sensibilizar o governo em relação à aposentadoria dos diretores de escola. Eles são eleitos para mandatos de três anos. Porém, quando aceitam assumir a função, o período que permanecem no cargo não é contado no tempo de aposentadoria.

Dessa forma, os diretores, que também são professores, acabam tendo que trabalhar três anos a mais para poderem se aposentar. Isso vai contra a Lei 11.301, de maio do ano passado?, disse o presidente da APP-Sindicato, José Rodrigues Lemos.

Foto: Lucimar do Carmo

José: ?Reivindicações?.

Outras reivindicações da categoria são: realização de um único concurso público para que os professores possam lecionar por 40 horas semanais; pagamento de promoções e progressões de carreira atrasadas e criação de um plano de carreira para funcionários de escolas.

Nas manifestações de ontem, os educadores contaram com o apoio de servidores estaduais de outras áreas, como saúde, meio ambiente e agricultura.