Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (19), os educadores de Curitiba decidiram permanecer paralisados, o que descumpre a ordem emita pelo juiz Jéferson Alberto Johnsson, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR ), que reconhece como ilegal e abusiva a paralisação, colocando em “perigo irreparável ou de difícil reparação, o que implica em prejuízos diretos à população curitibana”.
Para o Sismuc, sindicato que representa os profissionais, a decisão dos educadores é soberana e, como não houve avanço nas conversas com a Prefeitura, a greve será mantida amanhã.
Multa
A decisão determina ainda o retorno imediato da categoria dos trabalhadores (100% dos profissionais) com fixação de multa diária de R$ 80 mil, em caso de descumprimento da ordem ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) relativo aos ocupantes do cargo de educadores.
Sem acordo
Em nota divulgada nesta manhã, a Prefeitura de Curitiba informou que não houve acordo com os educadores municipais. Disse ainda que a reunião realizada ontem (18) fora interrompida pela comissão de negociação dos trabalhadores das creches e não teve prosseguimento.
Com isso, não foram debatidos outros temas pertinentes à pauta como aposentadoria especial, cumprimento da hora-atividade, eleição de diretores das creches e piso salarial. Por conta disso, a prefeitura entrou com ação judicial que culminou na decisão do juiz Jéferson Alberto Johnsson pelo término da paralisação.
Direitos legais
Mas, para a direção do Sismuc, a Prefeitura não apresentou proposta ante a isonomia do magistério, o que determinou o fim das negociações. Além disso, não houve avanço prático na discussão com o município mediante temas como redução da jornada de trabalho e o reajuste nos salários. Os educadores, segundo o Sismuc, não vão desistir de reivindicar os direitos e deverão marcar nova reunião para definir os próximos passos.