O prédio do Moinho Paranaense, no Rebouças, em Curitiba, está recebendo obras de melhoria na infra-estrutura para poder oferecer mais conforto e segurança. Os trabalhos começaram este mês e devem estar prontos até o final do ano.
A idéia é, a partir da consolidação do moinho como um espaço de cultura, lazer e entretenimento, revitalizar o bairro que era a antiga área industrial da cidade. A maior parte das reformas em andamento está concentrada no bloco central – uma das quatro edificações que compõem o complexo do Moinho. O projeto elaborado pelo Ippuc inclui duas construções novas no pátio – uma que será utilizada como sede do Grupamento da Matriz da Guarda Municipal, outra para abrigar um conjunto de sanitários.
O prédio do Moinho Paranaense foi doado à Prefeitura de Curitiba como pagamento de potencial construtivo e aberto ao público há cerca de um ano, depois de passar quase 60 anos fechado e sem uso. A Prefeitura vem implantando gradativamente melhorias no complexo.
No ano passado, quando o projeto do Moinho saiu do papel, o município recuperou um dos blocos de construção, que antigamente abrigava o refeitório da indústria. O lugar foi transformado num escritório e numa área de exposição permanente.
Neste ano foi construído um calçadão na entrada principal do prédio, na Rua Piquiri. O material do piso – paralelepípedo – estava no depósito da Secretaria Municipal de Obras e foi reciclado.
Outra providência foi a instalação de equipamentos para iluminação noturna para uso em feiras e eventos e a instalação de arcos de ferro no calçadão. Os arcos também foram reciclados. Eles eram utilizados na decoração natalina da Rua das Flores e foram colocados na entrada do moinho para marcar o espaço, mas também terão uma função prática e poderão ser aproveitados como estrutura de palco em shows.
As obras na edificação incluem a execução de instalações elétricas e hidráulicas no bloco central, colocação de elevadores, construção de rampas para deficientes, escadas e sanitários em todos os pavimentos, além da implantação de um sistema de prevenção contra incêndio de acordo com as normas do Corpo de Bombeiros.
Casa Cor
Em maio do próximo ano, o Moinho vai abrigar um evento de grande porte: a Casa Cor 2003, uma mostra de arquitetura e decoração que é realizada simultaneamente nas principais cidades do País e reúne propostas de vanguarda para o setor. A cada ano, é escolhido um cenário para a exposição. Em 2003, o desafio colocado aos profissionais que farão parte da mostra será criar ambientes de trabalho, moradia e lazer em uma edificação antiga e degradada, sem provocar interferências em suas características originais e no seu aspecto fabril. Está prevista a utilização do bloco central e do primeiro piso da construção que fica na esquina da Rua Engenheiro Rebouças.
Nesses espaços, serão criados nove lofts – apartamentos com integração entre os diversos ambientes, com pé-direito alto -, duas lavanderias, uma academia de ginástica, um restaurante, um bar, uma cafeteria, um jardim e um solarium com piscina. A cafeteria, no terraço do bloco central, será o único ambiente com instalações permanentes. Depois de encerrada a mostra, ela passará a integrar o patrimônio do moinho e irá funcionar normalmente, atendendo o público.
A previsão dos organizadores é que cerca de 60 escritórios de arquitetura de Curitiba estarão presentes na Casa Cor 2003. A exposição será aberta no dia 15 de maio e permanecerá até o dia 22 de junho. No entanto, os preparativos para a mostra começam bem antes. Por isso, a ocupação do moinho para o evento acontece a partir do mês de fevereiro, quando iniciam as obras. Os organizadores da Casa Cor irão pagar pela utilização do espaço.