Eclipse anular do Sol na próxima sexta

Na próxima sexta-feira, dia 22 de setembro, o Brasil vai acompanhar o eclipse anular do Sol, de maneira parcial. Em Curitiba, só será visto cerca de 33% da transposição da Lua sobre o Sol. O fenômeno começa às 6h44 e terá seu ápice às 7h44. O eclipse solar termina às 8h50.

O eclipse anular se caracteriza pelo posicionamento da Lua entre a Terra e o Sol. A superfície da Lua cobre a visão do Sol, porém isso não ocorre de forma total. Isto porque a Lua está no ponto mais distante na sua órbita. Assim, apenas a parte mais externa do Sol fica exposta, parecendo uma auréola. O eclipse anular só acontece quando a Lua Nova está no ponto exato do encontro de sua órbita com a da Terra.

O diretor do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná, professor José Manoel Luís da Silva, conta que os melhores lugares para ver o eclipse, mesmo de maneira parcial, estão no nordeste e norte do Brasil. Em Fortaleza, será possível verificar 81% do disco do Sol coberto; em Belém, 80%. Quanto mais para o sul, menor será a percepção. Em Curitiba, os moradores poderão ver aproximadamente 33% da cobertura da Lua sobre o Sol. As únicas regiões que poderão acompanhar o eclipse quase de maneira perfeita são aquelas localizadas ao norte da América do Sul, como a Guiana Francesa. O restante do continente e as partes oeste e sul da África do Sul poderão observar o fenômeno parcialmente.

O professor alerta para os cuidados no momento de observar o fenômeno. Mesmo que a Lua cubra 99% da superfície solar, o 1% restante emite uma energia luminosa correspondente a 5 mil luas cheias. O contato direto com a luz pode trazer sérios danos para a visão. Por isso, na observação estão proibidos vidros esfumaçados, filmes coloridos, negativos de filmes fotográficos, óculos escuros, binóculos, máquinas fotográficas, entre outros.

A melhor maneira de acompanhar o fenômeno é a observação indireta por meio da projeção da imagem do Sol. Para isso, basta pegar um pedaço de cartolina, fazer um furo do tamanho da ponta de um lápis e colar atrás um pequeno espelho. Depois, direcionar para o Sol e projetar a imagem em uma parede branca, distante 15 metros do espelho. A exposição deve ser de, no máximo, 20 segundos em cada observação. Astrônomos de Curitiba e região vão acompanhar o eclipse anular no Observatório de Campo Magro. 

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