Investimentos

Duplicação da BR-116 beneficiará cidades da RMC

A duplicação da BR-116 entre Curitiba e Mandirituba deverá facilitar a instalação de novas empresas nos municípios. O início das obras, que eram previstas no contrato de concessão da rodovia, foram anunciadas nesta segunda-feira (3) pela Autopista Planalto Sul, empresa que administra o trecho.

A empresa afirmou que as obras para a duplicação da rodovia começam no próximo dia 10. Terá pista dupla o trecho entre o km 117,3, em Curitiba e o km 142,7 em Mandirituba. A previsão é de que as obras terminem em 2016.

Para o prefeito de Fazenda Rio Grande, Chico Santos, a duplicação facilitará a vinda de investimentos para a cidade. Nesta segunda-feira (3), o prefeito entregou um abaixo-assinado com mais de onze mil assinaturas de moradores que pediam a duplicação da rodovia à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – órgão que fiscaliza o cumprimento dos contratos de pedágio.

Santos explica que a duplicação facilitará a transformação de cidade dormitório para cidade industrializada, movimento que a administração busca. Segundo ele, a empresa chegou a perder investimentos pela situação da rodovia.

“Há empresas que comentaram que não investiriam na cidade enquanto essa situação não fosse resolvida e que deixariam a implantação de seus projetos para depois da duplicação”, comentou.

O prefeito de Mandirituba, Antônio Maciel Machado, conhecido como Machadinho, vê a duplicação de forma semelhante. Ele afirma que a pista duplicada irá facilitar o escoamento da produção agrícola do município e poderá atrair novos investimentos e a instalação de empresas.

Para ele, a duplicação é resultado da mobilização dos municípios e da população da região. “Esta duplicação estava prevista no contrato, mas se não fosse a mobilização não teria acontecido. As leis muitas vezes não são cumpridas por falta de fiscalização e de acompanhamento”, disse.

O prefeito de Mandirituba diz agora que o município continua negociando com a concessionária a situação dos produtores rurais, que precisam pagar o pedágio para ir ao Ceasa.

“A gente tem conversado constantemente com a concessionária para tentar conseguir benefício para os nossos produtores. Vamos tentar minimizar esses prejuízos para a população. O dialogo, a conversa traz resultados e soluções”, explicou.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Fazenda Rio Grande (Acinfaz), João Antonio Munaro, a pista simples era um gargalo para o desenvolvimento do município. Ele confirma que várias empresas deixaram de se instalar no local em função de dificuldade de mobilidade e transporte de mercadorias.

O empresário contou que nos horários de pico, entre as 7h e 10h e entre 16h e 19h, quem trafega pela rodovia chega a levar mais de uma hora e meia para realizar um trajeto de apenas nove quilômetros, entre a cidade e o limite com Curitiba. Nas tardes de domingo, o congestionamento chegaria a 30 quilômetros de extensão, com formação de fila de Curitiba até Mandirituba.

“É intrafegável, é impressionante o congestionamento que se forma. É o engarrafamento que impede o nosso crescimento aqui no município. Agora parece que existe uma luz no final do túnel”, disse.

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