Duas cidades estão no páreo para receber a nova usina de tratamento de lixo que vai substituir o aterro da Caximba: Fazenda Rio Grande e Curitiba. Na última quinta-feira, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) concedeu a licença prévia para instalação do chamado Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar) às duas cidades.

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Mandirituba também estava na disputa, mas foi excluída do processo porque possui uma lei municipal que impede o recebimento de resíduos. Agora, depois da licença prévia, o IAP ainda deverá analisar a licença de instalação e, por último, a licença de operação.

Ao mesmo tempo em que ocorria o processo de licenciamento, o Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos, gerenciado pela prefeitura de Curitiba, já realizava a licitação para escolher a empresa que vai cuidar da nova tecnologia.

Ao todo, são oito propostas de 22 empresas. Depois que a empresa for escolhida, deverá apresentar um projeto ao IAP, para só então o órgão conceder a licença de instalação. Em Curitiba, a área que poderá receber a usina fica próxima ao aterro da Caximba. Fazenda Rio Grande possui um terreno para a nova tecnologia.

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Mesmo tendo o município excluído da licença prévia de instalação da usina, a população de Mandirituba realizou um protesto, ontem pela manhã, contra a instalação na cidade.

No entanto, a prefeitura de Mandirituba é a favor do estabelecimento e aguarda a votação na Câmara de Vereadores de um projeto que pede a revogação da lei que impede a cidade de receber resíduos.

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Proibição

A Justiça estadual proibiu, ontem, o bloqueio das ruas de acesso ao aterro da Caximba. Segundo a prefeitura de Curitiba, a decisão é uma resposta a ação proposta pela Procuradoria-Geral do município depois de um outro protesto nesta semana – dessa vez na entrada da Caximba – ter bloqueado o acesso de caminhões ao aterro, o que causou muita confusão.

A decisão judicial, segundo a prefeitura, prevê multa diária de R$ 20 mil para quem tentar fechar as vias de acesso ao aterro novamente. Desde a última quarta-feira, os grandes geradores não podem mais depositar seus resíduos na Caximba. Com esta medida, a prefeitura espera diminuir o volume de lixo encaminhado ao aterro.