A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) liberou ontem a retomada das obras do Fórum de Curitiba, onde a queda de uma parede matou o operário Reinaldo Alves Ribeiro e feriu um segundo no dia 30 de agosto. A liberação foi decidida após a equipe de fiscalização do órgão ter acesso à documentação exigida e verificar que as obras físicas necessárias foram executadas.
A Valor Engenharia e Construções, que deveria cumprir as exigências, apresentou à fiscalização o registro dos trabalhadores acidentados, as anotações de responsabilidade técnica (ART) do projeto e da execução da demolição e os contratos de prestação de serviços feitos com as outras empresas contratadas para tocar a obra. O prazo para apresentação do relatório sobre o acidente foi dilatado para que o perito contratado para emitir o laudo possa concluir o trabalho. O novo prazo termina no final da semana que vem.
Na parte física da obra, a construtora providenciou proteção contra quedas de materiais e escorou as estruturas que ofereciam risco de desabamento. Falta apenas instalar os bandeijões, que não serão necessários nessa fase da obra. A autorização para execução da fase seguinte, porém, está condicionada à comprovação de que os bandeijões foram instalados.
A partir de agora, a DRT vai fiscalizar a Argeral Equipamentos de Ar Comprimido, responsável pela contratação das vítimas do acidente. “Vamos fiscalizar a empresa como um todo e não apenas os registros sobre o acidente e a situação das vítimas”, informou a auditora fiscal Lenita Stankiewicz. As empresas Argeral, Tesc (especializada em cálculo estrutural) e Porto Seguro Cortes e Furos foram subcontratadas pela Valor. A fiscalização começa na próxima semana.
Segundo o secretário de Estado de Obras Públicas, Luiz Dernizo Caron, não haverá atraso no cronograma de obras, porque havia uma folga no planejamento.
O diretor da Valor, Hélio Zavattaro Júnior, disse que as obras reiniciam na próxima segunda-feira. Ao contrário do que afirmou o secretário, ele disse que o cronograma inicial da obra será revisado.
