As lotéricas caíram no gosto da população para o pagamento de contas, mas os donos desses estabelecimentos há muito tempo estão descontentes com a remuneração com a prestação de serviços bancários. Em média, o lotérico recebe em torno de R$ 0,40 por boleto, menos de 30% do valor cobrado do cliente pelos bancos, que varia entre R$ 1,50 e R$ 2,00.

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“É um disparate. Investimos em mais funcionários e na estrutura para garantir segurança e atendimento de qualidade aos clientes dos bancos, no entanto, ficamos com a menor parte do valor que cobram pelo título”, compara o presidente do Sindicato das Lotéricas do Paraná (Sinlopar), João Miguel Turcatto. Esta distorção será debatida no dia 26 do mês que vem, em Foz do Iguaçu, no encontro dos empresários do setor. “Não descartamos colocar em assembleia para discutir, inclusive, a paralisação para pressionar as negociações por reajuste no valor repassado pelos bancos”, conta o presidente.

Caos

De acordo com o Sinlopar, as lotéricas passaram a ser essenciais para o funcionamento do sistema financeiro. “Atualmente, sem a participação das lotéricas na prestação dos serviços bancários, o sistema não tem condições de atender todas as demandas. Bastam dois dias de paralisação dos serviços nas lotéricas para o colapso nas agências”, aponta Turcatto.

Ele destaca que os lotéricos chamaram para si a responsabilidade de tornar mais eficiente a segurança dos 800 estabelecimentos do Estado. “Incentivamos a blindagem e algumas cidades como Londrina já apresentam 100% desse artifício”.

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