Proprietários de bancas e membros do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas no Paraná (Sinjor-PR) estiveram ontem na Câmara Municipal de Curitiba para protestar contra a exclusividade das casas lotéricas na venda dos cartões do EstaR (Estacionamento Regulamentado). Os comerciantes reivindicaram autorização para participarem das vendas e criticaram o convênio firmado entre a prefeitura e a Caixa Econômica Federal, alegando que traz prejuízos para a categoria.

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De acordo com os manifestantes, são cerca de mil bancas em Curitiba, sendo 200 no centro da cidade, número que aumentaria o atendimento aos usuários. Entre as alegações, está o aumento do número de atravessadores, que compram cartões e vendem nas ruas por um valor maior. O preço oficial do talão com dez cartões é de R$ 15.

A secretária de Trânsito de Curitiba, Luiza Simonelli, conta que não foi procurada por donos de bancas ou membros do Sinjor-PR. “Se houver a possibilidade de ampliar as vendas para as bancas, terá que ser discutida diretamente com a Caixa Econômica Federal”, afirma.

A secretária diz ainda que, com o contrato firmado com a Caixa, os pontos para regularização das infrações passaram de seis para 160. “A operação que era caseira, agora é bancária”, ressalta.

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De acordo com a secretária, os agentes de trânsito conseguiam fiscalizar apenas 55% das 11.900 vagas de EstaR, pois perdiam tempo vendendo os cartões. Com a mudança, além dos agentes terem mais tempo para realizar a fiscalização e orientação, correm menos riscos de assaltos por não transportarem dinheiro.

Mais vagas

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A Setran anunciou ontem que irá implantar o EstaR em diversas ruas do Centro Cívico. A sinalização foi colocada na área e os agentes de trânsito estão informando a população local sobre o início do EstaR na região. Porém, até o fim de junho, não haverá obrigatoriedade para colocação do cartão de EstaR e, consequentemente, ninguém será multado.