Dois grupos de sem terra disputam fazenda ocupada

Um grupo de vinte famílias sem terra ocupou no último final de semana a Fazenda Matão, na localidade de Rio das Pedras, em Guarapuava, região central do Estado. Segundo a Polícia Militar, o grupo está tentando fazer com que outros invasores, comandados por Emílio Antunes Costa, o Emilião, que já estavam no local anteriormente, se retirem. Os novos invasores utilizam materiais e se identificam como membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas a coordenação do MST não os reconhece como integrantes.

A fazenda é de propriedade de Elias Curi, que já ingressou com pedido de reintegração de posse. Enquanto a Justiça não autoriza a retirada das famílias do local, a PM fiscaliza a área e faz um serviço de inteligência.

O grupo de 100 famílias ligadas ao MST, que há vinte dias ocupa a sede da Fazenda Esperança, no município de Abelardo Luz, Santa Catarina, divisa com Clevelândia, no Paraná, não aceitou a área oferecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) numa audiência pública na última sexta-feira e permanece no local. O acordo inicial previa que os sem terra desocupassem a área até o dia 5 de novembro. O proprietário da fazenda chegou a oferecer um pedaço de sua propriedade por um período de seis meses, mas até o momento não houve consenso.

Reintegração

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) fez, no fim de semana, a desocupação de uma área, no município de Candói, região Sudoeste do Paraná. A Fazenda Bananeira estava ocupada por cerca de 160 integrantes do MST, que se dividiam em 60 barracos, desde 5 de abril deste ano.

A retirada das famílias durou cerca de dez horas e foi coordenada pelo 16.º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava. Aproximadamente 200 policiais participaram da operação. O acordo para a saída das famílias também teve a participação do proprietário da fazenda, que cedeu caminhões para transportar os sem terra e seus objetos para os lugares de origem.

Durante a desocupação, dois integrantes do MST foram presos por porte ilegal de arma. Ambos foram encaminhados à delegacia de Guarapuava, com duas espingardas calibre 32 apreendidas. Outras duas armas de fogo, uma espingarda de fabricação caseira e uma garrucha sem numeração, foram encontradas pelos policiais. As armas estavam abandonadas na fazenda, e os seus proprietários não foram localizados.

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