Estreou nesta semana o minidocumentário Bala de Banana – uma doce tradição, produzido pela TV da Câmara dos Deputados e pelo Sebrae. Um dos doces preferidos dos paranaenses, a bala de banana – e toda sua cadeia de produção – é a estrela da obra, que tem entrevistas e imagens em Antonina, no Litoral do Paraná.

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O filme estreou na TV Câmara nesta quinta-feira e deve ser reprisada na programação, mas você pode assisti-lo no player abaixo.

Fabricadas desde o início da década de 1980, elas eram souvenirs de quem viajava para o litoral do Paraná. O doce era comumente vendido nas bancas à beira da estrada.

Segundo o Bom Gourmet, o tempo se encarregou de fazer das balas uma tradição e um símbolo da cidade até que em dezembro de 2020, conquistaram o selo de Indicação Geográfica concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

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“Uma das nossas maiores missões é promover o desenvolvimento do litoral do Paraná. E, justamente por isso, a nossa matéria-prima vem de mais de 50 famílias ao redor de todo o litoral”, conta Bárbara Mendes, fabricante da Bananina, uma das marcas mais conhecidas da região. “É a agricultura familiar que se une para que a gente possa ter, semanalmente, a carga de bananas chegando para a produção da bala” diz.

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A produção da Bananina chega a 6 toneladas por mês e emprega 15 funcionários, além de movimentar diversos fornecedores na cadeia de produção. Rafaela Takasaki, sócia e diretora-executiva das Balas de Banana de Antonina, explica que a identidade do doce e da cidade andam sempre juntas. “A bala não é mais bala, não é mais um doce que você desembrulha e come. Ela já tem vida própria, ela é troca de afeto, é lembrança, é presente. Ela é parte da vida de um monte de gente”, avalia.

A conquista da IG

O Sebrae Paraná atuou desde a sensibilização da comunidade sobre a notoriedade do produto em Antonina e sua real condição para buscar e conquistar a IG. O trabalho envolveu diagnósticos, levantamento de dados, conteúdos históricos, criação da “marca” e ações para fortalecer a governança e o associativo na cadeia de produção da bala de banana.

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“Antonina tinha a fama da bala e precisava organizar aspectos históricos, técnicos e sensibilizar a comunidade sobre essa potencialidade. Junto com nossos parceiros, traçamos uma estratégia que foi bem-sucedida e hoje temos uma IG que valorizou não só a produção da bala de banana, como a cidade de modo geral, atingindo o turismo, gastronomia e com resultado efetivo de mercado”, explica Maria Isabel Guimarães, consultora do Sebrae/PR.

Somada à organização e articulação pela busca da indicação geográfica, foram realizadas avaliações de posicionamento do produto no mercado, missões técnicas para conhecer a experiência com IGs em Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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