Um lobo-guará atropelado sobreviveu graças à doação de sangue de um cachorro, que aconteceu por meio de uma transfusão realizada no hospital veterinário da UniFil, em Londrina, no norte do Paraná. O procedimento pode ser considerado pioneiro, já que usou espécies diferentes para fazer a transfusão sanguínea.

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De acordo com o hospital veterinário, o lobo-guará foi resgatado pela Força Verde no município paranaense de Jacarezinho. “O animal chegou em estado gravíssimo, com ruptura de bexiga, múltiplas fraturas e anemia extrema”. Devido ao estado, ele passou por uma cirurgia de emergência no local.

O hospital revelou que a cirurgia durou mais de cinco horas e foi um sucesso. “Graças ao trabalho incansável da nossa equipe, liderada pela Dra. Daniela Martina, conseguimos realizar uma transfusão emergencial utilizando sangue de um cão doador e realizar a cirurgia para sutura de órgãos e recomposição óssea”, informa postagem feita na internet pela instituição.

Após passar pelo procedimento, o lobo-guará segue em recuperação e já está se alimentando. A espécie é considerada em extinção e, com o sucesso do procedimento, o hospital veterinário afirmou que esse é um marco na preservação da vida selvagem.

Cães doadores de sangue

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A captação do sangue é feita sem o uso de sedativos. Por conta disso, é importante que os doadores sejam dóceis para que permaneçam por cerca de 10 minutos imóveis, sem prejudicar a coleta. Os cães precisam ter entre 2 e 8 anos e no mínimo 26 kg (grande porte), além de estarem com as vacinas em dia. No caso das fêmeas, os tutores devem aguardar cerca de 15 dias desde o último período fértil (cio) e se certifiquem de que ela não está esperando filhotes.

Cada animal pode realizar no máximo quatro doações por ano, ou seja, uma a cada três meses – assim como os humanos — e cerca de 450 ml de sangue são coletados. Para garantir que não ocorra a contaminação do sangue, a equipe do laboratório utiliza as mesmas bolsas usadas na coleta de sangue humano.

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Por conta dos critérios para a doação, cães de raças que desenvolvem maior porte acabaram se tornando referências para os pacientes diagnosticados com anemia ou que tenham sido vítimas de acidentes. Dentre os doadores, destacam-se os Rottweilers, Labradores, além de cães das raças Pit Bull, Akita, São Bernardo, Pastor Alemão e Golden Retriever.

Em Curitiba, o Hemolifepet é um laboratório veterinário que realiza o procedimento. Funciona de segunda a sexta, das 7 às 21 horas. Está localizado na Rua Alexandre Gutierrez, 36 – bairro Água Verde. WhatsApp: (41) 99623-7619.

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