Foto: Arquivo/O Estado |
David, diretor do Dnit. continua após a publicidade |
O desvio do fluxo de caminhões de carga pesada da BR-376, que liga o Paraná a Santa Catarina, e da BR-277, que liga Curitiba ao litoral, está perto de acontecer. O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, superintendência do Paraná (Dnit-PR) já tem pronto um anteprojeto, orçado em R$ 80 milhões, para a extensão em doze quilômetros da BR-101, que começa em Natal (RN), passa por quase todo o País, é interrompida no Paraná, e segue até o Rio Grande do Sul. A rodovia é litorânea em praticamente toda a sua extensão.
Segundo o diretor do Dnit-PR, David Gouvêa, o projeto ainda está engatinhando, mas com o apoio da diretoria central do Dnit, em Brasília, a esperança de concretizar a obra é grande. ?Já estamos fazendo reuniões com os prefeitos das cidades onde a rodovia passará, e realizando estudos ambientais para que ela não venha a trazer prejuízos ecológicos ao litoral?, diz o engenheiro. Para tanto, nas reuniões que vêm sendo realizadas, já estão sendo providenciadas licenças ambientais.
A proximidade da BR-101 do litoral credita a ela um acesso perfeito aos portos, por onde costuma ser escoada a produção, especialmente agrícola, do País. Na primeira fase da obra, a BR-101 passará justamente por Antonina, onde existe um movimentado porto. Aliás, foi justamente em um debate sobre soluções para o porto de Antonina que o projeto da BR-101 ressurgiu para o Paraná, com força total. ?O representante do transporte aquaviário falava sobre a necessidade de facilitar o acesso ao porto e isso será possível com a BR-101 passando pelo Estado?, diz Gouvêa.
Para o engenheiro, os benefícios com a construção da nova rodovia ultrapassam o aspecto econômico, que consiste na economia de combustível, pois as distâncias serão reduzidas. ?Mais do que isso, o importante do desvio do fluxo é assegurar maior segurança para as pessoas que usam a BR-277 e a BR-376, pois os caminhões não passarão mais por lá?, diz o engenheiro.