Dez prestadoras de serviços de limpeza para a prefeitura de Curitiba ainda não receberam os pagamentos de julho a dezembro. A dívida total, incluindo o setor de limpeza urbana, gira em torno de R$ 100 milhões, conforme o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Seac).
Segundo João Gerônimo, presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco), o problema já afeta os trabalhadores e ameaça a saúde pública. “Algumas empresas de pequeno porte começaram a atrasar salários e benefícios. Só neste ano já aconteceram duas paralisações da empresa que faz a prevenção e combate à dengue. O foco da dengue está aí”, alerta. A preocupação principal do sindicalista é com o desemprego em massa. “Mesmo para os trabalhadores de empresas de grande porte fica aquela insegurança porque a gente sabe que sempre respinga no trabalhador”, comenta.
Transparência
As dez empresas prejudicadas somam cerca de cinco mil funcionários. “Elas prestam serviços para a prefeitura nas áreas de coleta de lixo, manutenção de creches, prevenção da dengue e limpeza hospitalar, setores da maior importância”, explica o presidente do Seac, Adonai Arruda.
A prefeitura informa que as dívidas correspondem à gestão anterior e estão sendo estudadas pelo Comitê de Transparência. O município também confirma que até 3 de abril apresenta o cronograma de pagamento, que será feito em ordem cronológica, conforme lei federal. O município ressalta que os débitos deste ano estão sendo pagos em dia.
