Estacionamento irregular

Diretran remove 20 veículos ao dia em Curitiba

Vinte veículos são removidos, em média, todos os dias das ruas de Curitiba. Eles estão em locais proibidos para estacionamento e são flagrados pela fiscalização da Diretoria de Trânsito (Diretran), vinculada à Urbanização de Curitiba (Urbs) – empresa responsável pelo trânsito na cidade.

Cerca de 30% das ocorrências acontecem nas ruas onde o estacionamento é proibido entre 17h e 20h: Brigadeiro Franco, Ângelo Sampaio, Coronel Dulcídio e Desembargador Motta. A remoção dos veículos, nos casos em que está prevista pela legislação, começou no final de setembro do ano passado.

Cinco guinchos para motos e automóveis são usados diariamente na remoção, que ocorre em todas as regiões da cidade. Um sexto guincho, para veículos pesados, trabalha ocasionalmente.

Até o dia 17 deste mês, foram removidos 2.182 veículos em toda Curitiba. São removidos, em média, 25 veículos nos dias de semana e 10 durante finais de semana e feriados. A Diretran também faz a remoção de caçambas irregulares.

Do total de veículos removidos, 2.042 tiveram suas situações regularizadas e foram devolvidos aos proprietários. Permanecem no pátio 140 veículos, a grande maioria resultado de remoções recentes.

Somente 30 veículos estão há mais de 90 dias no local. De acordo com a legislação, eles já poderiam ser leiloados. A maior parte das remoções ainda acontece no anel central de Curitiba.

Para Adão José Lara Vieira, gestor da área de fiscalização de trânsito da Urbs, o número de remoções está dentro do previsto e depende muito da quantidade de fiscais na rua.

Assim que os agentes de trânsito constatam a situação irregular, verificam se está prevista a punição de remoção e acionam o guincho. Um aviso para o condutor é deixado no lugar onde o automóvel estava estacionado.

Vieira não acredita em desconhecimento como justificativa para as infrações. “A sinalização está muito clara no local. E a proibição entre 17h e 20h nessas ruas acontece há dois anos. Desconhecimento não é”, comenta.

Existem duas possibilidades para as infrações: quem arrisca e acha que não será pego pela fiscalização ou quem deixou o carro nos locais, mas não conseguiu cumprir suas tarefas a tempo e voltar para retirar o veículo. “Não há remoção exatamente às 17h. Os agentes deixam uma margem no relógio”, explica Vieira.

Quando o veículo é removido, ele vai para o pátio da Urbs. O proprietário deve retirar o automóvel após o pagamento das diárias e da remoção. Se houver pendências, como licenciamento em atraso, elas devem ser pagas antes da retirada. Um dos problemas mais comuns é a documentação irregular.

“A legislação fala que a transferência para o nome do novo proprietário deve ocorrer em até 30 dias. Quem não fez isso demora para achar a pessoa que tem o nome do documento. Às vezes, nem tem mais contato”, explica Vieira. Somente o proprietário pode reaver o veículo, ou mediante procuração específica registrada em cartório.