O diretor jurídico de Itaipu Binacional, João Bonifácio Cabral Filho, afirmou nesta quinta-feira (20), em Foz do Iguaçu (PR), que o contrato de formação da estatal, de propriedade dos governos brasileiro e paraguaio, é bom para ambas as partes.

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Ao comentar declarações do candidato à presidência do Paraguai, Fernando Lugo, de que, se eleito, vai propor a renegociação do contrato, assinado em 1974, Cabral disse que não há possibilidade alguma do Brasil renegociar o contrato de Itaipu Binacional.

?Ele [o contrato] prevê que, 50 anos depois da assinatura, sejam renegociadas suas bases financeiras?, disse. O diretor jurídico diminuiu a importância das declarações do candidato à presidência do Paraguai, líder nas pesquisas de opinião. ?São colocações de cunho eleitoral. Em todas as eleições, este tema é revivido no Paraguai?.

Pelo contrato, com validade até 2023, cada país tem direito a 50% da produção de energia, sendo que o Brasil tem prioridade de compra sobre o excedente. Cabral Filho disse ainda que o Brasil tem sido justo com o Paraguai na execução do contrato.

Segundo ele, o país vizinho recebeu, nesse período, USS 3 bilhões referentes a royalties. ?Isso mesmo antes de pagarmos as dívidas da construção da usina?, enfatizou. O Brasil recebeu o mesmo valor.

?Tenho certeza que o presidente que ganhar as eleições, quando colocar os pés na realidade, vai ver o que é Itaipu e terá uma posição menos passional?, disse Cabral Filho.

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