Diretor do Estadual nega irregularidades no colégio

O diretor do Colégio Estadual do Paraná (CEP), Wilson Roberto de Paula Souza, alega que as acusações contra ele surgiram depois que começou a combater o tráfego de drogas dentro da instituição. No processo administrativo instaurado pela Secretaria Estadual de Educação (Seed), ele é acusado de não ter comunicado os pais de dois alunos de que os filhos foram encaminhados à Delegacia da Infância e Juventude por suposto envolvimento com drogas e de abuso de autoridade.

Wilson explica que quando assumiu a direção, no início do ano, foi procurado por alguns pais que estavam exigindo providências contra o tráfico de drogas. No dia 26 de fevereiro encaminhou um ofício pedindo que a Divisão de Narcóticos (Dinarc) ajudasse a resolver o problema. Os polícias iniciaram as investigações no colégio e surpreenderam alguns alunos fumando maconha nas dependências. No processo administrativo, o advogado Adriano Parise, que representa dois dos meninos identificados, alega que o diretor indicou uma pessoa estranha para fazer o reconhecimento. Mas o diretor explica que na ocasião a polícia conseguiu deter apenas um dos meninos e foi este que acabou fazendo o reconhecimento dos demais.

No processo, o advogado também alega que Wilson não comunicou os pais dos jovens sobre o ocorrido. O diretor alega que a Dinarc havia emitido uma ordem de serviço e ele não podia interferir nas investigações e nem na ação policial.

Também pesam contra o diretor acusações de que ele teria remanejado algumas pessoas no colégio sem respeitar suas funções. Wilson explica que isso ocorreu com dois funcionários que fizeram concurso para professor e estavam atuando como dentista e advogada. “Isso é desvio de função”, diz. Ele mostra documentos onde as medidas têm parecer favorável da assessoria jurídica do Estado.

Wilson também afirma que os documentos que mostram que ele havia pedido que a Associação de Pais, Professores e Funcionários emprestasse dinheiro à funcionários foram falsificados. Ele apenas teria perguntado se havia a possibilidade. O diretor entrou com uma representação criminal no 1.º Distrito Policial contra a direção APPF exigindo que os documentos originais fossem apresentados e também por facilitação do tráfico de drogas. O diretor também questiona o fato de a APPF não ter prestado contas dos R$ 180 mil oriundos do último concurso da instituição.

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