Pessoas com diabetes devem fazer exames periódicos para prevenir uma doença renal crônica. A grande concentração de glicose (açúcar) no sangue pode desencadear complicações vasculares e afetar o filtro do rim, composto por uma espécie de novelo de artérias muito pequenas.

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O alerta foi feito ontem, no Dia Mundial do Rim, pela Fundação Pró-Renal Brasil, que realizou uma mobilização na Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. O tema da campanha deste ano é “Proteja seus rins – controle o diabetes”.

De acordo com o médico nefrologista Miguel Carlos Riella, presidente da Pró-Renal, pessoas hipertensas (pressão arterial alta), obesas e idosas também precisam se cuidar e se submeter a exames de prevenção da doença renal crônica.

Quem tem histórico familiar de problemas no rim ou de doenças cardiovasculares devem ficar atentos da mesma forma. “A única maneira de saber se existe algum problema no rim é fazer os exames. Eles são fáceis, baratos e disponíveis da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Os exames devem ser feitos periodicamente. A doença renal é silenciosa e ninguém deve esperar algum sintoma ou sinal. No dia que sentir, já pode ser tarde e a pessoa pode necessitar de diálise ou transplante de rim”, explica.

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Um dos exames de rotina é o de urina, onde é possível detectar a presença de proteínas. Se isSo acontecer, indica que o filtro do rim está sendo lesado. O outro exame é o de creatinina, substâncias produzidas pelos músculos que servem marcadores no sangue, indicando como está a filtragem nos rins.

O Dia Mundial do Rim foi criado em 2006 para chamar a atenção ao problema. Estudos norte-americanos e europeus apontam que entre 10% e 13% da população mundial tem doença renal crônica.

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A Fundação Pró-Renal realizou ontem exames gratuitos para a detecção de problemas no rim. Quem apresentou alguma alteração recebeu informações e foi encaminhado para um médico especialista ou para atendimento na fundação.

Francisca Timóteo da Silva, de 70 anos, estava passando pelo local quando avistou as tendas onde estão sendo realizados os exames. “Eu não faço acompanhamento. Já que estou aqui, não custa ver”, afirmou. As atividades continuam hoje, entre 8h e 16h, na Praça Rui Barbosa.