Diabetes tipo 1 atinge crianças e adolescentes

O jornalista e publicitário José Fernando Betezek recebeu um forte impacto quando soube que sua neta, então com 3 anos, tinha diabetes tipo 1, conhecida também como diabetes juvenil. “A gente nunca espera que vai acontecer algo assim com a gente”, comenta. Hoje a neta de Betezek tem 14 anos. Para evitar que outras famílias tenham o mesmo desespero ao receber uma notícia destas, ele ajudou a montar o site da Associação Paranaense do Diabético Juvenil (Apad), no qual doentes e parentes podem buscar notícias sobre a doença e se cadastrar para participar de fóruns com especialistas.

A diabetes tipo 1 aparece entre crianças, adolescentes e jovens adultos, entre um e trinta anos de idade. Logo após o diagnóstico, é necessário que o diabético tome insulina regularmente e mantenha uma rotina de alimentação balanceada, além de exercícios físicos. “Esta é uma doença para a vida inteira”, afirma o relações públicas das Apad, Luiz Fernando Aguiar.

A associação já tem 26 anos de existência e ajuda os diabéticos a se adaptarem em uma nova rotina. A Apad conta com profissionais voluntários, entre médicos, nutricionistas e psicólogos, que auxiliam os diabéticos. “Educamos o paciente. Ensinamos como tomar insulina, onde é melhor aplicar, como transportar”, exemplifica Aguiar. O foco da associação é o atendimento de pessoas carentes. Os interessados por este serviço podem contatar a Apad no endereço da entidade, na Avenida Iguaçu, 4263, pelo telefone (41) 3244-7711 ou pelo site www.apad.org.br.

O médico endocrinologista Edgard Niclewicz, presidente do Centro de Diabetes de Curitiba e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que os sintomas da diabetes tipo 1 aparecem de repente. Abruptamente a pessoa fica com muita sede, dores musculares, cansaço, fraqueza, vai ao banheiro urinar com bastante frequência e perde peso rapidamente.

De acordo com ele, a diabetes é uma doença genética, que pode se manifestar dependendo de fatores ambientais, como alimentação exagerada, excesso de peso e falta de atividade física. “A diabetes é extremamente benigna para quem se cuida, faz o tratamento correto, procura um médico capacitado. Quem não se cuida, não toma a insulina regularmente e mantém os níveis de glicose altos pode sofrer duras complicações, principalmente depois dos 15 anos de doença”, alerta o médico. Entre as consequências estão a cegueira, insuficiência renal, maior risco de doenças cardiovasculares e amputação de membros inferiores.

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