Uma blitz educativa das equipes de fiscalização da Secretaria Municipal da Saúde, em quatro terminais de ônibus, na manhã de segunda-feira (31), abrirá as comemorações ao Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, que marcará também os seis meses da Lei Antifumo. A blitz começa nos terminais Fazendinha, CIC, Cabral e Boqueirão.
Pesquisa feita pelo Centro de Saúde Ambiental entre cerca de 900 pessoas que circulam pelos 22 terminais da cidade mostra que a falta de respeito com o outro – e não o desconhecimento da lei antifumo – é o motivo para que ainda haja quem fume nesses locais.
No auditório do setor de produtos orgânicos do Mercado Municipal, a Secretaria Municipal da Saúde apresenta balanço das ações de fiscalização decorrentes da Lei Antifumo desde o início da sua vigência, em 19 de novembro de 2009. Haverá também homenagens às 34 entidades representativas de profissionais da área da saúde e de defesa dos diretos do consumidor e da cidadania que assinaram o manifesto pela sanção da norma.
Quem estiver passando pelo Mercado Municipal poderá fazer testes para verificar a concentração de fumaça de cigarro nos pulmões e, sendo fumante, ser encaminhado para uma das 34 unidades de saúde que contam com grupos de apoio para quem deseja abandonar o vício.
O tema do Dia Mundial sem Tabaco deste ano são as mulheres, que no caso de Curitiba representam 15% dos moradores da cidade maiores de 18 anos que fumam. A informação faz parte da pesquisa telefônica Vigitel 2008, do Ministério da Saúde.
As mais jovens também preocupam. Segundo a Pesquisa de Saúde entre os Escolares, realizada em 2009 entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 38,6% dos estudantes de 13 a 15 anos que afirmaram já ter experimentado o fumo, 39% eram meninas. Elas também são maioria quando o assunto é o uso continuado dessa droga lícita: 11%.
A boa notícia, diz o coordenador do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo, João Alberto Lopes Rodrigues, é que o número de fumantes no segmento adolescente feminino é menor que em 2003, quando foi feita a penúltima pesquisa entre escolares.
Na ocasião, A taxa de experimentação era de 43,3% e 17% de uso contínuo. Na época, 50,9% das meninas já havia tido contato com o fumo e 17,8% diziam fazer uso contínuo do produto. A divulgação dos males ocasionados à saúde pelo cigarro e a discussão que ganhou espaço na mídia, a partir do ano passado, em decorrência das cidades que estavam restringindo o fumo, ajudam a explicar a queda.