A Prioridade para o transporte coletivo, para o pedestre e meios alternativos ao carro, como a bicicleta, têm sido o centro do planejamento urbano e viário de Curitiba para garantir a mobilidade urbana. Mostrar essas soluções e alertar para os problemas causados pelo tráfego de automóveis é um dos objetivos do “Dia sem carro”, que acontece na próxima segunda-feira (22) em Curitiba e mais 2.000 cidades do mundo.

A presidente da Urbs, Yára Eisenbach, explica que a idéia é incentivar atitudes que conscientizem para as questões da qualidade do ar e do efeito estufa. “O uso desnecessário do carro dá origem a problemas que vão da poluição atmosférica e sonora a perdas econômicas causadas pela lentidão do trânsito”, afirma.

Na última década a frota de veículos particulares tem crescido duas a três vezes mais que a população. Em Curitiba, enquanto o número de veículos cresce 5% ao ano, a população tem expandido à taxa anual de 1,82%. Nos últimos sete anos, o número de veículos registrados subiu 38,9% – de 566.967 em dezembro de 1996 para 788.065 em julho de 2003. No período, a população passou de 1,47 milhão para 1,58 milhão em 2000 (dados do IBGE), com projeção de 1,6 milhão em 2003, um crescimento de 8,8%.

Isto significa uma motorização crescente da população, que traz graves conseqüências, desde a poluição atmosférica até a redução da mobilidade. De acordo com o Ipea, no Brasil a motorização cresceu 25% na última década e o índice de mobilidade caiu 6,2%. “Apesar da crescente motorização, ainda mantemos a mobilidade em Curitiba, um dos maiores benefícios do planejamento que privilegiou o transporte coletivo. Mas queremos prevenir e por isso a Prefeitura de Curitiba aderiu à iniciativa de um dia sem carro”, explica Yára Eisenbach.

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