Matinhos – Umbandistas e candoblecistas de todo Brasil comemoraram ontem, o Dia de Iemanjá, a rainha do mar. O orixá muito querido pelas duas religiões afro-brasileiras é considerado como a mãe de todos os outros orixás. A ligação de Iemanjá com o mar a faz ser relacionada a Nossa Senhora dos Navegantes, mas para seus devotos ela é um elemento da natureza.

O presidente do Conselho Mediúnico do Brasil (Cebras) e da Federação Paranaense de Umbanda e Candomblé, Dorival Simões, explicou que as comparações dos santos da umbanda e do catolicismo surgiram com os jesuítas. “Os escravos vieram da África com suas convicções religiosas. Aqui os jesuítas tentando convertê-los à religião católica.

Eles perguntavam aos escravos as características de seus santos. Como Iemanjá era uma mulher ligada ao mar, ficou como se fosse Nossa Senhora dos Navegantes”, explicou.

Simões lembrou que no Paraná a tradição é homenagear Iemanjá no dia 31 de dezembro. “No dia dela mesmo, 2 de fevereiro, são poucas as pessoas que vão ao litoral. Este ano muitos fizeram suas homenagens no sábado. Hoje (ontem) é uma segunda-feira e as pessoas têm seus compromissos com o trabalho”, revelou.

“A lenda diz que Iemanjá é a mãe da sereias. Uma mulher muito vaidosa. No fim do ano as pessoas agradecem pelo ano que passou, pedem por um ano bom, saúde, etc”, salientou.

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