Dia de combate ao fumo marcado para domingo

No próximo domingo, por iniciativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e do Ministério da Saúde, será realizado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Em diversas regiões do País, inclusive no Paraná, serão promovidas atividades para incentivar as pessoas a deixar de fumar e, assim, se prevenir de diversas doenças.

Segundo uma pesquisa domiciliar feita pelo ministério e pelo Inca em 2002 e 2003, 20% da população brasileira é fumante. Curitiba é a segunda cidade brasileira em número de dependentes do cigarro (21,5% dos moradores), perdendo apenas para Porto Alegre (25,2%). Em 1989, a capital paranaense tinha 35% de seus moradores fumantes e a gaúcha 37%. Os índices foram reduzidos, mas a situação ainda é considerada crítica. “A diminuição foi significativa, mas a percentagem ainda é preocupante”, comenta o coordenador municipal de controle do tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, João Alberto Lopes Rodrigues. “O cigarro está relacionado a 50 tipos de doença e, nos países ocidentais, é a principal causa de mortes por câncer de pulmão (90% dos casos) e por infartos do miocárdio (25% dos casos).”

Outra pesquisa do Inca, em doze capitais brasileiras, revelou que o fumo também faz parte da vida de muitos adolescentes. Em Curitiba, foram consultados 1.354 jovens entre 13 e 15 anos de idade, sendo 557 meninos e 797 meninas. Do total, 82,9% disseram já ter experimentado cigarro – 26% deles revelaram já ter fumado mais de 100 cigarros no decorrer da vida. “Assim, 79% dos adolescentes participantes da pesquisa revelaram ter experimentado cigarro antes dos treze anos de idade. De acordo com a Unesco, em todo mundo, 100 mil adolescentes começam a fumar a cada dia”, revela a coordenadora de atividades complementares da Secretaria de Estado da Educação, Sônia Maria Romaniuk Machado.

Passivos

Não são apenas os fumantes ativos que podem desenvolver problemas de saúde ligados ao cigarro. Quem convive com pessoas que fumam, seja em casa ou no ambiente de trabalho, também está exposto a riscos. “Quem convive com fumantes acaba inalando a fumaça da ponta do cigarro, que contém três vezes mais toxinas que a fumaça ingerida pelos próprios fumantes”, diz a médica oncologista do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, Paola Pedruzzi.

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