O dia ?D? de combate à dengue em todo o Brasil será neste sábado (24). Com o tema ?Combater a dengue é um dever meu, seu e de todos, a dengue pode matar?, o Governo do Paraná distribuiu 1 milhão de folders e 50 mil cartazes para as 22 Regionais de Saúde organizarem o dia com os municípios. Devem ser realizados mutirões e outras atividades para o envolvimento de todos no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue.
Desde o início do mês, a Secretaria estadual da Saúde desenvolve atividades com profissionais de saúde. Apontada por especialistas como uma das maiores preocupações, o diagnóstico clínico da dengue tem sido tema de palestras no Paraná. Uma série de encontros, itinerantes, em três macrorregionais de saúde, estão ocorrendo.O primeiro foi com o especialista e consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ivo Castelo Branco, no dia 12 deste mês, em Foz do Iguaçu.
Nesta terça-feira (21) Londrina recebe o também especialista na doença e médico infectologista, Kléber Luz. Ele também falará sobre o diagnóstico clínico para médicos da região. Na quarta-feira (22) Luz segue para Maringá, onde participará de outro evento. ?Além da prevenção, precisamos que a rede assistencial esteja preparada para atender corretamente os pacientes que tiverem os sintomas da doença?, explica o secretário da Saúde, Gilberto Martin.
Exemplo
A costureira Claudete de Oliveira, 38, foi pega pela doença em abril deste ano, em Foz do Iguaçu. ?Imaginei o que era já quando começaram os sintomas. Tive náuseas, tonturas e logo em seguida veio a febre?, lembra. Claudete teve os sintomas em um domingo e na quarta-feira fez o exame com a confirmação positiva para dengue. ?A gente ouve falar de dengue e não dá muita bola. Mas é uma doença terrível?, lamenta. De acordo com ela, que já tinha cuidados com o quintal de sua casa, esta atenção agora dobrou. ?Agora cuido ainda mais e fico no pé dos vizinhos. Não adianta eu cuidar e você cuidar se os outros não cuidam. O mosquito vem de longe?, analisa.
Equipamentos
Embora a prevenção seja a melhor maneira de evitar a doença, o Governo do Estado mantém em Maringá um centro logístico com espaço para a realização de cursos de capacitação para profissionais da saúde, além de um verdadeiro arsenal contra o mosquito. Atualmente são 20 camionetes montadas com equipamentos para detetização pesada, o chamado fumacê. Outras 14 estão em processo de compra, com os equipamentos já garantidos. Em 2002 eram 15 camionetes.
Outros equipamentos, as chamadas bombas costais para aplicação do inseticida, também foram comprados. Em 2002 eram 80. Hoje o número subiu para 300. Uma ampliação de 275%.
Casos
Até o momento o Paraná notificou 46.473 casos suspeitos de dengue. Destes, mais de 24 mil foram confirmados. A Regional de Saúde de Maringá tem a maior concentração de casos com 9.362 casos confirmados. A incidência para o Estado é de 227,64 para 100.000 habitantes. Em todo o Estado, 146 município registraram casos, autóctones e importados.
Prevenção
A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Portanto, não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente. Pneus velhos são um dos lugares preferidos do mosquito.
Não deixe acumular água em pratos de vasos. Substitua a água dos vasos por areia grossa umedecida. Esvazie as garrafas e coloque-as de cabeça para baixo. Mantenha as caixas d´água, poços, latões e filtros bem fechados.
