O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) começou ontem o trabalho de emissão do novo modelo da Carteira Nacional de Habilitação. Ele foi desenvolvido para dificultar fraudes, já que o antigo era mais fácil de ser falsificado. A grande mudança está no papel utilizado para a impressão, exclusivo para o documento. Ele possui uma faixa holográfica como a da nota de R$ 20 e uma marca d?água com a bandeira do Brasil, que se soma à já existente – do brasão da República.
O novo documento tem ainda dois números de identificação: um nacional e outro estadual. Haverá também um código numérico de validação, composto por dados individuais do motorista, o que também servirá para auxílio na identificação de carteiras falsas, caso algum falsificador consiga reproduzir algo semelhante ao novo papel. O modelo que passou a ser emitido ontem foi aprovado em abril pelo Conselho Nacional de Trânsito e não traz custos adicionais para os Detrans.
A assessoria de imprensa do órgão não soube precisar quantas carteiras do novo modelo foram emitidas ontem, porém informou que o procedimento de impressão é o mesmo, só mudando o papel utilizado. Com isso, o tempo para a obtenção do documento continua rigorosamente o mesmo.
Os motoristas cujas habilitações foram feitas no modelo antigo não precisam se preocupar com a mudança. O Detran-PR informou que o documento antigo continua valendo e só precisará ser trocado quando a carteira vencer – o que acontece em um prazo de cinco anos. Aqueles que, mesmo com a carteira em dia, fizerem questão de ter o novo modelo, podem solicitá-lo, porém a validade da carteira anterior será mantida.
Infrações
O Registro Nacional de Infrações (Renainf) é o foco da discussão que acontece hoje e amanhã, em Curitiba, entre representantes de todos os Departamentos de Trânsito do País. Criado em 2004 pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o sistema surgiu para acabar com a impunidade dos motoristas que cometem infrações fora do seu estado de origem.
No encontro, serão analisados resultados e definidos os ajustes para que todos os estados se integrem ao sistema, já que por enquanto Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Espírito Santo e Santa Catarina não aderiram ao Renainf.
Mesmo sem esses setes estados na composição, o sistema já engloba 90% da frota brasileira, que tem mais de 43 milhões de veículos. Desde que o sistema foi implantado até junho deste ano, foram processadas pelo Renainf 1,581 milhão de multas, que simplesmente não eram cobradas anteriormente.