Obra da discórdia

Destino de trincheira em SJP ainda é uma incógnita

Quase dois anos se passaram desde a suspensão das obras que construiriam a trincheira na intersecção da Rua Arapongas com a Avenida das Torres, em São José dos Pinhais, mas o destino do local ainda é uma incógnita. A audiência pública realizada em maio com a comunidade repassou para o Ministério Público de São José dos Pinhais a responsabilidade de analisar tecnicamente a viabilidade ou os ajustes no projeto inicial da Coordenação da Região Metropolitana (Comec). Enquanto isso, a população segue em conflito, já que entre os moradores dos dois trechos da Rua Arapongas não há consenso sobre a melhor solução viária para a travessia na região.

Do lado da Paróquia São Cristóvão, a trincheira seria desastrosa, pois complicaria mais o trânsito da Rua Arapongas, que nos horários de pico, apresenta graves congestionamentos causados pelas escolas e atividades da igreja. A moradora Elzi Aparecida Teixeira diz que a trincheira causará “imobilidade”. “Vão desviar perto de 2,5 mil carros de três quarteirões para piorar o trânsito daqui. Além disso, para o pedestre que tem dificuldade de atravessar a Avenida das Torres, a trincheira não se mostra tão segura quanto uma passarela. Na Rua Maringá fizeram isso, e o pessoal continua atravessando na rua por medo de sofrer algum tipo de violência naquele buraco”, argumenta. O risco para a própria estrutura da igreja, construída há mais de 40 anos, também desagrada o lado contrário à trincheira.

Travessia

Do outro lado, a expectativa é por mais segurança na travessia e aumento da circulação de veículos, trazendo mais desenvolvimento para os pequenos comerciantes. “Dizem que vão alargar as ruas e com mais carros circulando meu bar vai ter mais clientes”, celebra a proprietária do Bar do Tonho, Natália Oliveira Arruda. “Já cansei de perder amigos atravessando a Avenida das Torres”, acrescenta o marido dela, Antônio Moacir de Jesus Arruda.

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