Para onde?

Destinação das embalagens descartáveis na mira do MP

A tarde de ontem foi marcada por discussões sobre a destinação de embalagens descartáveis, na subsede do Ministério Público do Paraná (MP-PR), no bairro Rebouças, em Curitiba.

Foram realizadas duas reuniões, uma com representantes de 31 empresas produtoras de garrafas PET e outra com a empresa Tetra Pak e alguns de seus clientes. Não houve, porém, decisão final.

As empresas terão um prazo de 30 dias para apresentarem informações como o volume de embalagens comercializadas no Estado, o índice de recolhimento e reciclagem e os seus planos de gerenciamento de resíduos.

O objetivo principal das reuniões, de acordo com um comunicado do MP-PR, era “acompanhar as ações e os planos de recolhimento das empresas, para saber se estão sendo efetivos em relação ao volume de produtos que são colocados no mercado”.

Esperava-se que as empresas levassem, ainda ontem, informações sobre o volume de embalagens colocado mensalmente no mercado paranaense. Mas tais detalhes deverão apenas ser informados dentro do prazo de 30 dias acordado na reunião.

“A aceitação das empresas foi boa. Não houve maiores contestações. Acredito que elas estão se conscientizando”, informou o procurador de justiça Saint-Clair Honorato Santos, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente (Caopma).

Ele lembrou também da importância de incluir os catadores nos programas de coleta das embalagens, destacada na reunião pela procuradora do Ministério Público do Trabalho e coordenadora do Instituto Lixo e Cidadania, Margaret Matos de Carvalho.

A reunião de ontem foi a primeira com o setor de embalagens PET. No caso das empresas que usam produtos da Tetra Pak, a intenção era analisar a efetividade dos planos já em andamento. Para o coordenador de resíduos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Laertes Duda, ficou uma maior preocupação em relação aos clientes da Tetra Pak.

Segundo ele, a grande dificuldade é saber o volume de resíduos que as empresas geram no Estado. “Temos que cruzar as informações dos clientes com as da indústria, para saber a porcentagem que está sendo recolhida”, explicou. “Queremos que essas empresas coloquem a mão na massa.” Uma nova reunião deverá ser feita no dia 15 de dezembro.

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