Deslizamento de terra derruba casas em Paranaguá

Um deslizamento de terra fez com que duas casas desabassem, na tarde do último domingo, no bairro Emboguaçu, em Paranaguá, litoral do Estado.

O acidente aconteceu depois que 6 mil toneladas de rocha fosfática (usada na produção de fertilizantes), armazenadas de forma irregular no pátio da empresa Multitrans Transportes e Armazéns Gerais, causaram a movimentação do solo nos fundos do estabelecimento. A empresa foi multada ontem pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

O Corpo de Bombeiros (CB) foi acionado perto das 15h de domingo, depois que rachaduras atrás da empresa foram vistas por moradores. Enquanto a equipe estava no local, o deslocamento de terra provocou o desabamento das casas, segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Julian Wadrigues.

?O terreno era instável e, como foi concentrada uma quantidade muito grande de material, ocorreu deslizamento lateral da terra no ponto com menor pressão?, explicou. As primeiras rachaduras apareceram no muro da Multitrans na quinta-feira passada e foram relatadas ao Corpo de Bombeiros pelo morador Gelson de Paula.

Moradores de 34 casas foram afetados, ficando sem energia elétrica até a manhã de ontem e sem fornecimento de água da rede pública. Um caminhão-pipa com oito mil litros de água foi acionado pela Prefeitura para prestar assistência aos moradores.

O gerente da Multitrans, Roberto da Silva Rosa, garantiu que a empresa assumirá todos os prejuízos causados às casas danificadas. ?Seja indenização ou reparo, a empresa se responsabiliza pelos danos?, afirmou. As famílias desalojadas estavam ontem em um hotel pago pela Multitrans.

Multa

O IAP multou a Multitrans em R$ 32 mil pela disposição irregular do produto armazenado no pátio. Segundo o IAP, seriam 10 mil toneladas, e não 6 mil, como informado pela empresa, que estariam sendo mantidas a céu aberto. A medida contraria as normas de proteção ambiental para acondicionamento desse tipo de produto.

A chefe do escritório regional do IAP em Paranaguá, Noele Saborido, disse que, apesar de não ter provocado impacto ambiental, a empresa foi autuada pela reincidência na disposição inadequada de resíduos.

?A primeira multa foi emitida em 2005, no valor R$ 8 mil. Em janeiro deste ano, identificamos novamente o depósito irregular e a autuação subiu para R$ 16 mil?, contou.

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