Desde que a Rede Integrada de Transporte Metropolitano (RIT/M) sofreu a desintegração financeira, em fevereiro, muitos passageiros que se locomovem entre Curitiba e as cidades da região metropolitana ficaram confusos com as mudanças na forma de pagamento e alterações de trajetos. O dia mais crítico destas mudanças foi 13 de abril, quando houve quebra-quebra no terminal Angélica, em Araucária.
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A reclamação é geral. Um exemplo é da auxiliar de serviços gerais Marcelita Santos, 26 anos, que mora em Piraquara e trabalha no centro de Curitiba. Para chegar à capital, ela pega o expresso Pinhais – Rui Barbosa, pagando do bolso a tarifa em dinheiro. Para voltar para casa, ela precisa pegar o expresso no tubo da Praça Rui Barbosa. Ao contrário do que a Urbs havia informado, de que quem sai de Curitiba pode pagar com cartão da Urbs, este tubo específico aceita somente dinheiro ou vale da Metrocard. Nos tubos seguintes a este (Padre Manoel Virgílio de Souza, Paulo Kissula e Vila Nova), que ainda estão dentro de Curitiba, o cartão da Urbs é aceito normalmente.
Manobra
Como ainda não tem os vales da Metrocard, somente o cartão da Urbs, Marcelita e outros passageiros precisam fazer uma “manobra”. Vão até o tubo do lado e pegam o expresso Centenário. Quando chegam no terminal Capão da Imbuia, desembarcam e pegam o expresso Pinhais – Rui Barbosa (ou o ligeirinho Pinhais – Campo Comprido). Mas, por isto, a linha Centenário, que já era cheia, passou a circular lotada em vários momentos do dia. Também, o ligeirinho Pinhais – Campo Comprido teve uma diminuição na quantidade de veículos. “Antes, tinha ligeirinho que fazia exclusivamente o trajeto do Capão da Imbuia para Pinhais, não ia até o Campo Comprido. Era bom, porque o ônibus saía vazio do Capão da Imbuia. Agora não tem mais este ônibus extra. Então já chegam aqui no Capão da Imbuia lotados e às vezes não dá nem pra entrar”, lamentou Marcelita.
Diferença da integração
Nas linhas integradas, o usuário paga uma única tarifa e utiliza vários ônibus, quantos necessários. O valor é R$ 3,30. Se o usuário estiver saindo de Curitiba em direção à região metropolitana, pode pagá-la em dinheiro ou com o cartão da Urbs. A exceção é o tubo Praça Rui Barbosa, que abriga a linha Pinhais – Rui Barbosa. (Leia matéria principal). Saindo das cidades metropolitanas, o usuário paga com dinheiro ou vale de papel da Metrocard (foto).
As linhas não integradas são as que o usuário paga novamente a tarifa em cada ônibus que embarcar. Tanto na ida, quanto na volta, o pagamento é feito em dinheiro ou com vale papel da Metrocard, que em breve será substituído por um cartão metropolitano. O vale em papel pode ser adquirido na Metrocard (Rua Benjamin Constant, 48 – Centro, Curitiba) ou nos terminais metropolitanos. Informações: 3093-3232.
Comec explica
A Comec explicou que, como o tubo da Praça Rui Barbosa abriga exclusivamente uma linha metropolitana (Pinhais – Rui Barbosa), somente dinheiro ou o vale de papel da Metrocard são aceitos. Outros tubos da capital não têm esse problema, pois provavelmente são exclusivamente urbanos (responsabilidade integral da Urbs), ou são compartilhados entre linhas urbanas e metropolitanas (gestão compartilhada Urbs e Comec).
Extras
Em relação ao ligeirinho Pinhais – Campo Comprido, a Comec negou que ônibus extras tenham sido tirados de circulação.
É o seguinte
O transporte coletivo de Curitiba já foi modelo pro mundo. Mas aí os gerenciadores estragaram o que era integração. Lá vai ,o usuário pagar com cartão, papel, dinheiro… Como eles esquecem que o principal disso tudo é você, a Tribuna tenta orientá-lo a andar em Curitiba e RM. Leia e veja o mapa pra ver se não temos razão. Que tal vocês, que mandam nisso tudo, pensarem um pouco mais no povão?
Entenda o Busão
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