A manhã ensolarada de sexta-feira levou um grande público à Avenida Cândido de Abreu, em Curitiba, para acompanhar o desfile cívico-militar em comemoração à Independência do Brasil. Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de 50 mil pessoas passaram pelo local. Onze mil eram estudantes e militares que participaram do desfile. Entre as autoridades que acompanham as comemorações do palanque oficial estavam o governador do Paraná, Roberto Requião, e o comandante da Artilharia Divisionária da Quinta Divisão de Exército, general Emir Benedetti. O prefeito de Curitiba, Beto Richa, não compareceu ao desfile.
Neste ano, participaram das atividades alusivas a sete de Setembro representantes de quatro escolas da rede municipal de ensino, 43 da rede pública estadual e dez entidades civis. E seguindo as tradições da data, também desfilaram tropas da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e grupos da Guarda Municipal e da Polícia Civil.
Daniel Derevecki |
As apresentações começaram por volta das 9h30, após a chegada do Fogo Simbólico da Pátria, que foi trazido por atletas vencedores da 70.ª Corrida do Facho – prova disputada por militares em comemoração ao Dia do Soldado – e que permaneceu acessa durante todo o desfile.
Para o general Emir Benedetti, apesar do amor à pátria andar em desuso, a data é sempre uma oportunidade para as pessoas resgatarem o civismo. ?Acima de tudo, somos brasileiros e temos que amar nossa pátria?, disse. Segundo ele, sete de Setembro é a data de expressão máxima de independência do País. ?Por isso precisamos comemorar, independente de ideologias políticas e rivalidades?, disse.
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Alegria do público. |
Daniel Derevecki |
Exército participou. |
Com bandeira do Brasil na mão, a dona de casa Cleusa Alves foi uma das primeiras pessoas a chegar na Cândido de Abreu por volta das 6h30, e escolheu um lugar ideal para assistir ao neto desfilar pela primeira vez. ?Eu venho acompanhar o desfile todos os anos, mas este ano é especial?, disse. Se declarando um patriota de carteirinha, o aposentado João Trindade da Luz saiu de Piraquara para ver a apresentação. ?Assisto os desfiles há 76 anos e, quando não venho, parece que não é feriado?, conta.
Com uma farda camuflada que ganhou do tio, Gabriel de Moraes Bueno Santaclara, de 3 anos, também estava assistindo ao desfile da primeira fileira. Apesar da pouca idade, afirmou que já sabe o que quer ser quando crescer: ?Militar de carreira?, disse. Já a ambulante Fátima dos Santos aproveitou o desfile para acabar com o estoque de bandeiras e fitas com motivos em verde e amarelo que sobrou da Copa do Mundo do ano passado. ?Trouxe as 40 peças que sobraram e espero vender tudo?, falou.