Em nova manifestação na Assembléia Legislativa, em Curitiba, ontem à tarde, os servidores estaduais da saúde estavam indignados com o desconto no salário de maio por conta da quantidade de horas a mais que eles se recusam a fazer no mês. De acordo com Graziela Sternhein, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (Sindisaúde), a Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que a categoria deve trabalhar de 20 a 30 horas semanais, porém, ela afirma que os servidores do Paraná estão sendo obrigados a cumprir jornada de 40 horas.

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?Vimos o contra-cheque na internet e consideramos esse desconto uma retaliação. É uma ironia. No dia primeiro de maio, Dia do Trabalhador, vamos receber salário com um desconto absurdo?, afirmou Graziela. Os descontos, segundo ela, variam de R$ 200 a R$ 500, conforme o salário do servidor. Outra reivindicação da categoria é o Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS), o que contemplaria, entre outros assuntos, a jornada de 30 horas.

Durante toda a tarde de ontem, os servidores que representam o sindicato nas negociações também foram ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, para tentar conversar com o vice-governador, Orlando Pessuti – que os atendeu na semana passada e teria garantido que não haveria descontos -, mas foram informados para retornar hoje, já que ele não estava no local.

A reportagem de O Estado entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), cuja assessoria informou que somente o secretário Cláudio Xavier poderia falar sobre o assunto. Porém, ele não retornou a ligação até o fechamento da edição. 

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