Desafio Intermodal compara eficiência de meios de transporte

 

Em setembro é comemorado o mês da bicicleta em Curitiba. Durante 30 dias, a cidade abriga diversas ações que incentivam o uso da “magrela”, entre elas o Desafio Intermodal, que chega à quinta edição nesta sexta-feira (16). A ideia é avaliar qual o meio de transporte mais eficiente para atravessar o Centro, no horário mais movimentado do dia.

Não se trata de uma competição para ver quem chega primeiro, mas de reproduzir o cotidiano de milhares de curitibanos que circulam diariamente pelas ruas da cidade e se deparam com congestionamentos. Participam do desafio carros, bicicletas, motos, ônibus, pedestres e também cadeirantes e deficientes visuais.

A largada será às 18h, no hall do prédio da administração do Setor de Tecnologia do Campus Politécnico da UFPR e a chegada será o prédio histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade. Os participantes poderão fazer seus próprios trajetos, porém, respeitando a sinalização e as leis de trânsito.

Todas as edições do desafio comprovaram que o modelo automobilístico de mobilidade urbana está entrando em colapso. “Muitas pessoas se acostumaram com o carro achando que podem chegar mais rápido, mas isso não se comprova na prática. Muitos trajetos são percorridos mais rapidamente de bicicleta ou até mesmo a pé”, ressalta José Carlos Belotto, coordenador do programa Ciclovida da UFPR, que promove o evento em conjunto com a Ciclo Iguaçu.

Vários fatores são considerados pelos avaliadores no desafio. Além do tempo para percorrer o trajeto, contam pontos a emissão de poluentes, economia e potencial destrutivo em possível colisão. “A bicicleta foi o veículo mais rápido em todas as edições e ganha em todos os outros itens”, afirma Belotto. A “magrela” chegou em primeiro lugar em todas as edições, com uma vantagem de cerca de 10 minutos sobre o automóvel.

Além de desmistificar a ideia que o carro é o veículo mais rápido, o desafio chama a atenção para fatores importantes que poderiam melhorar o trânsito nas cidades. “O grande objetivo é desenvolver uma cultura de mobilidade mais sustentável e saudável”, salienta o coordenador do Ciclovida, que defende mais ações de incentivo ao uso da bicicleta. “As pessoas precisam abandonar a cultura do ‘carrismo’. É possível alternar o uso, não abusar”, completa.

Simulador de vantagens

Para quem ainda duvida que a bicicleta pode encurtar trajetos e promover qualidade de vida, o site do Ciclovida (www.ciclovida.ufpr.br) oferece um simulador de vantagens da mobilidade ativa. Com base na distância percorrida, é possível calcular a quantidade de calorias consumidas, quantos quilos de gases poluentes deixarão de ser jogados na atmosfera e a economia financeira ao adotar a bicicleta como meio de transporte.

 

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