Escolas particulares

Deputado quer proibir taxa extra pra alunos com deficiência

As escolas particulares do Paraná podem ser proibidas por lei de cobrar taxas extras na matrícula ou mensalidades de estudantes com síndrome de Down, autismo e outros transtornos. Projeto de lei sobre o tema, do deputado estadual Pedro Lupion (DEM), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa e deve ser votado em plenário em breve.

Segundo o parlamentar, o objetivo é garantir às crianças especiais condições de igualdade com os demais alunos. “Os estudantes com esses tipos de transtornos precisam de acompanhamento especial e muitas escolas estão cobrando a mais por isso. Já existe nota técnica do Ministério da Educação que proíbe essa cobrança, mas como não está sendo cumprida, queremos reforçar com a lei estadual”, afirma.

O projeto prevê multa de 60 UPF-PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná), o equivalente a R$ 4.300, para as instituições de ensino que descumprirem a lei. “Todas as escolas têm que estar preparadas para atender esses alunos, com corpo docente qualificado, sem que isso implique em gastos extras para suas famílias. Nosso objetivo é acabar com a discriminação, que infelizmente ainda existe”, diz Lupion.

Igualdade

Na justificativa do projeto, Lupion diz que a cobrança de qualquer taxa extra é uma afronta à igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno especial na escola. Segundo o deputado, a cobrança fere o disposto no artigo 5.º da Constituição Federal, que estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

Após a aprovação na CCJ, o projeto segue para análise das comissões temáticas, antes de ser votada em plenário. O Paraná Online entrou em contato com o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), que não comentou o assunto.

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