Muitas vezes o eleitor fica sem entender porque um candidato com um número pequeno de votos acaba conquistando uma vaga na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal, deixando de fora um concorrente com um número muito superior na votação. A explicação é simples: os concorrentes a cargos legislativos como deputados estadual e federal, e até mesmo vereador, são eleitos pelo chamado voto proporcional. O que significa que não é o total de seus votos recebidos que define o candidato eleito, mas o quociente eleitoral.
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Para saber quem foi eleito é preciso colocar em prática esta matemática eleitoral. Antes de anunciar quais são os deputados eleitos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa saber quantas cadeiras cada coligação e partido terão direito, seja na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal. Terminada a apuração, é feita a divisão dos votos válidos (sem brancos e nulos) pelo número de vagas. No Paraná, o total de votos é dividido por 54, número de cadeiras na Assembleia Legislativa.
O resultado desta conta é o chamado quociente eleitoral, número que define quem está ou não eleito. Na etapa seguinte, é feita a somatória de todos os votos recebidos pelo candidato ou pela legenda, chamado de quociente partidário, que será dividido pelo quociente eleitoral. O resultado desta conta define quantas vagas cada partido ou coligação terá direito. Estas cadeiras serão ocupadas pelos candidatos mais votados da legenda e do partido.
E é devido a esta conta que o voto na legenda precisa ser muito bem analisado antes de ser praticado pelo leitor, conforme afirma o cientista político Luiz Domingos Costa, do grupo Uninter. “O voto na legenda não é uma boa opção quando se trata de coligação. Não é uma boa estratégia o voto ideológico. É melhor escolher dentre os candidatos daquele determinado partido e votar nominalmente. Se votar num partido que está coligado, você está diluindo o voto para toda coligação”, explica o professor.