O depósito de gás que explodiu, no início do mês passado, no bairro Mercês, em Curitiba, voltou a realizar vendas de forma ilegal. Uma faixa com telefones para contato na frente do depósito Prado & Santos Ltda. informa que a companhia voltou a comercializar botijões de gás, mesmo sem autorização do órgão responsável, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Nacional e Biocombustíveis (ANP).
Por meio do telefone divulgado no antigo local, é possível pedir um botijão de gás para entrega em domicílio, o que ocorreria com um caminhão, segundo denúncia recebida pela ANP nesta semana. O novo endereço da Prado & Santos ainda é uma incógnita. Procurados pela reportagem de O Estado, funcionários não quiseram dar informações sobre o estabelecimento atual da revenda e nem explicar de que forma o comércio estaria ocorrendo. A advogada responsável afirmou não ter informações sobre a nova forma de comercialização e disse que a família proprietária não mantém um outro depósito.
Para voltar a vender gás de forma regular, o depósito deveria solicitar autorização da ANP, o que não ocorreu. O órgão deve fazer uma visita de fiscalização ao local antigo e investigar o caso na próxima semana. Ainda de acordo com a ANP, quando ocorreu a explosão, o depósito mantinha um número maior de botijões que o permitido, o que caracteriza operação ilegal. O Corpo de Bombeiros estima que existam três mil pontos de vendas ilegais em Curitiba e região metropolitana.
A Liquigás Distribuidora informou que suspendeu o envio de produtos para o revendedor Prado & Santos desde que houve o acidente em seu depósito pelo fato de que suas instalações não estão em condições de receber produto.