O Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) criticou a demora da Prefeitura de Curitiba para cumprir a liminar da 15ª Vara do Trabalho, que obrigou o município a realizar o pagamento em juízo das verbas rescisórias dos cerca de 200 médicos do Hospital Evangélico que trabalharam nos Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs) até abril deste ano. De acordo com o Simepar, a prefeitura foi comunicada formalmente no dia 15 de junho e intimada no dia 20 a cumprir a decisão.
Porém, conforme o superintendente de gestão da prefeitura, Matheos Chomatas, o município só realizou na terça-feira (26) o depósito em juízo no valor de R$ 958.553,41, referente
à rescisão dos médicos e ao saldo do convênio com o Evangélico. “Fizemos uma auditoria para conferir o saldo exato que deveria ser quitado e chegamos a esse valor, que corresponde a insumos e recursos humanos”, afirma. Segundo Chomatas, o Simepar já havia sido informado do depósito.
O advogado do sindicato, Luiz Gustavo de Andrade, explica que o depósito foi feito em juízo, sem passar pela conta do Evangélico, já que as negociações entre hospital, prefeitura e sindicato não avançaram. O valor a ser pago aos médicos corresponde aos últimos 45 dias de trabalho (entre 16 de março e 30 de abril), além de 13º proporcional, férias e a multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que está contabilizado em aproximadamente R$ 500 mil.
