AEDES AEGYPTI

Dengue mata mais duas pessoas no Paraná e 18 cidades têm epidemia

Aumentou de 16 para 18 o número de cidades com epidemia de dengue no Paraná e outras duas mortes – uma em Paranaguá e uma em Foz do Iguaçu – foram confirmadas. Até agora, 13 pessoas morreram por causa da doença no estado – dez em Paranaguá, duas em Foz do Iguaçu e uma em Curitiba. Os dados foram divulgados no novo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (1.º).

As cidades de Medianeira e Santa Helena, no Oeste do Paraná tiveram a situação de epidemia decretada pela Sesa e se somam aos municípios de Jataizinho, Rancho Alegre, Munhoz de Mello, Paranaguá, Assaí, Santo Antônio do Paraíso, Mamborê, Cambará, Tapira, Itambaracá, Santa Isabel do Ivaí, Serranópolis do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Nova Aliança do Ivaí, Foz do Iguaçu e Guaraci.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera situação de epidemia quando mais de 300 casos são confirmados para cada 100 mil habitantes.

Até agora, 174 cidades do estado tiveram ocorrência de casos autóctones de dengue, isto é, quando o paciente fica doente na própria cidade – o que representa 43,6% dos municípios parananenses. Paranaguá, no Litoral do estado, continua sendo a cidade com mais casos confirmados da doença – já são 2.012.

Entre agosto de 2015 e março de 2016, 48.620 casos de dengue foram notificados no estado e 8.728 casos foram confirmados – cerca de 17%. De acordo com a Sesa, 50% dos casos notificados foram descartados e o restante permanece em investigação.

Zika e chikungunya

O novo boletim também confirmou dez novos casos autóctones de zika no estado. Ao todo, já foram registrados 93 casos de pacientes contaminados pelo vírus no estado – 42 deles dentro dos próprios municípios. A Sesa não informou o perfil dos novos pacientes infectados pelo vírus. Na semana passada, a secretaria confirmou oito grávidas com zika – cinco 5 delas em Colorado, no norte do estado.

Entre as cidades com casos autóctones da doença estão Paranaguá, Guaratuba, Maringá, Colorado, Arapongas, Paranavaí, Laranjeiras do Sul, Serranópolis do Iguaçu, Santa Izabel do Oeste e Campina Grande do Sul. Desde agosto, o Paraná totalizou 26 casos de chikungunya no estado – 24 importados e dois autóctones, registrados nos municípios de Mandaguari e Rancho Alegre, ambos na região norte.

Condições climáticas contribuem pro aumento dos casos

De acordo com o diretor-geral da Sesa, Sezifredo Paz, as novas mortes pela dengue já eram investigadas e foram confirmadas nesta semana pelos exames realizados no Lacen-PR. Paz afirma que os casos de dengue no estado devem continuar aumentando, pelo menos, até o final do mês de março por conta das condições climáticas que favorecem o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti – que transmite a dengue, a zika e a chikungunya. “O enfrentamento da doença continua o mesmo, com o apoio do estado nos municípios afetados”, disse.

Paz afirma que a parceria com o Laboratório de Climatologia da UFPR mostra as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do mosquito e ajuda no enfrentamento da doença. “São 19 estações meteorológicas que avaliam as condições climáticas que favorecem o desenvolvimento de criadouros do mosquito. Estes dados colaboram para saber os pontos mais críticos e evitar novas epidemias no estado”, comentou.

Hoje, o relatório do laboratório mostra 16 municípios com risco alto de proliferação do mosquito – Cambará, Londrina, Apucarana, Maringá, Paranavaí, Umuarama, Palotina, Guaíra, Santa Helena, Cascavel, São Miguel do Iguaçu, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Paranaguá e Guaratuba. Outras três cidades são consideradas de risco médio – Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba.

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