A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta terça-feira (12) uma nova morte provocada por dengue. Um homem de 87 anos, morador de Foz do Iguaçu, Oeste do estado, é a sexta vítima da dengue no Paraná neste período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado. Ele apresentava comorbidades como hipertensão, cardiopatia, e sequela de acidente vascular cerebral.
No total, 1.724 casos foram confirmados neste período epidemiológico. Foram registradas mortes nos municípios de Foz do Iguaçu (2), Apucarana (1), Assai (1), Cambé (1) e Londrina (1). Atualmente, 186 municípios apresentam casos confirmados de dengue no Estado, sendo que 16 apresentam casos de dengue com sinais de alarme e 7 têm casos de dengue grave.
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Surto em Sengés preocupa
Um surto no município de Sengés, na região dos Campos Gerais, preocupa a Secretaria da Saúde. A cidade, que faz divida com o estado de São Paulo, tem cerca de 19 mil habitantes e contabiliza 73 casos confirmados da doença. Para evitar que a dengue se espalhe, o estado realiza uma força-tarefa na região.
“O Paraná está atento à dengue e faz, desde a última semana de dezembro, um trabalho de contenção de surto em Sengés, visitando todas as casas de bairros que apresentam infestação do mosquito transmissor da dengue para eliminação dos criadouros e orientação da população”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto.
O trabalho em Sengés segue os protocolos de prevenção da Covid-19 e continua até o fim desta semana, envolvendo profissionais das Regionais de Saúde de Jacarezinho e de Ponta Grossa, além de técnicos da vigilância do município.
Força-tarefa
Cerca de 1.300 imóveis dos bairros Vila São Pedro e Conjunto Habitacional Osvaldo Sampaio já foram visitados pelas equipes. Em cerca de 500 foram encontrados criadouros do Aedes aegypti, nos quintais e nas varandas das casas.
As equipes detectaram e removeram centenas de criadouros em recipientes usados para armazenar água como baldes, caixas d´água e tanques.
“O problema é que estes reservatórios improvisados estavam descobertos, por isso, além da remoção dos focos, as equipes da vigilância orientaram os moradores sobre a necessidade da proteção no caso do armazenamento de água. É preciso tampar ou colocar tela nestes recipientes”, informou a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, Ivana Belmonte.
Segundo a coordenadora, os técnicos encontraram, ainda, criadouros considerados “clássicos”, como em pratinhos de vasos de plantas, pneus, baldes destampados, entulhos e lixo acumulados em ambientes externos das casas”, relatou a coordenadora.
Quatro caminhões com lixo, contendo vários tipos de recipientes e vasilhames que serviam de criadouro para o mosquito foram retirados até agora. “Com este trabalho conseguimos eliminar milhares de larvas do Aedes aegypti, que ao completarem o ciclo para a fase alada estariam transmitindo a dengue”, disse o biólogo Rubens Massafera responsável pelo Núcleo de Vigilância Entomológica da 19ª Regional de Jacarezinho.