A metade das pessoas tratadas com suspeita de dengue em todo o Estado não está indo aos postos de saúde para recolher amostras de sangue, e realizar o exame que confirma a doença. A situação pode acabar dificultando o controle da patologia devido à falta de dados precisos.
Mas apesar desse problema, por enquanto, a dengue não está assustando os paranaenses como no ano passado. Até 1.º de março de 2007 foram confirmados 682, contra 86 deste ano.
Ronaldo Trevisan, que atua no Programa Estadual de Controle da Dengue, diz que a situação este ano está bem mais tranqüila. Talvez por isso muita gente não está voltando ao postos de saúde para recolher amostras de sangue para o exame de sorologia. Ronaldo explica que o material deve ser recolhido depois do quinto dia da apresentação dos sintomas. Mas como as pessoas já estão se sentindo bem, não retornam mais à unidade de saúde. Das 2.835 suspeitas da doença, cerca de 50% não deram retorno. Essa falta de dados precisos pode dificultar a tomada de ações para o controle da dengue. ?Estamos tendo que insistir muito para que os pacientes retornem?, fala Trevisan.
Ele explica que o número de casos diminuiu mas não foi devido à conscientização da população, que ainda está aquém do necessário. A redução se deve, principalmente, ao fato de a doença ser cíclica, alterando períodos de grande e pouca incidência. As regiões mais afetadas continuam sendo a oeste e a norte do Paraná.