Ter em mente o que pode ser considerado um fato criminoso é o primeiro passo para registrar um Boletim de Ocorrência (BO). Extravio de documentos, furtos, roubos e situações envolvendo estelionato ou violência são ocorrências e devem ser comunicadas por meio de boletins confeccionados em delegacias, até mesmo para contribuir com o trabalho dos policiais no que se refere às estratégias de segurança.
O delegado adjunto do 1º Distrito Policial, Vinícius Borges Martins, esclarece que muitas pessoas com outros tipos de problemas acabam procurando a delegacia, achando que é necessário fazer um BO. “Questões trabalhistas ou de relações comerciais relacionadas a dívidas precisam ser tratadas pela Justiça”, aponta. Outra confusão comum é em crimes envolvendo situações específicas, como quando os infratores têm menos de 18 anos de idade, o crime é de violência contra mulheres ou ainda casos de furtos e roubos de veículos. Nessas situações, se a cidade tiver uma delegacia especializada, como ocorre em Curitiba, é para lá que a pessoa deve se dirigir para registrar o boletim.
Segundo o delegado, por mês, passam de 10 mil os registros feitos nas delegacias da cidade. Furtos ou perdas e extravios de documentos e objetos respondem por boa parte das ocorrências e podem ser comunicados via internet (http://www.delegaciaeletronica.pr.gov.br/). “A maioria dos boletins de ocorrência são relacionados a isso e a validade do Boletim de Ocorrências Eletrônico é a mesma que o presencial”, orienta. A validação do registro pode levar até uma hora para chegar ao e-mail registrado via internet.
A Delegacia Eletrônica ajudou a desafogar em 20% a procura presencial pelo serviço. Tanto que em meados de agosto o 1º DP vai colocar um terminal de autoatendimento com impressora acoplada para facilitar o serviço. “É um piloto, mas se for bem aceito, a ideia é instalar nas demais delegacias”, informa Martins.