Foto: Ciciro Back/O Estado

 Prédio já foi pintado e ainda passa por alguns retoques.

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Quem passa na frente do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, ou tem a oportunidade de entrar nele, pode estranhar o número de obras que estão sendo realizadas, já que é de conhecimento público o déficit de R$ 700 mil no fechamento deste ano. As benfeitorias, porém, só estão sendo possíveis graças à atuação da Associação dos Amigos do HC (AAHC). Este ano, o capital aplicado no hospital chegou a R$ 1 milhão.

Segundo o diretor do HC, Giovani Loddo, sem essa ajuda dificilmente o hospital sobreviveria. "Esse capital é arrecadado por pessoas físicas, jurídicas e políticos que querem ajudar e promovem ações em benefício do hospital. É uma ajuda importantíssima, já que nossa prioridade sempre vai ser manter o atendimento e a medicação dos pacientes."

Na prática, o pagamento dos funcionários do HC provém do Ministério da Educação, já que se trata de um hospital universitário, e os recursos para materiais de procedimentos e medicamentos vêm do Sistema Único de Saúde (SUS). "Têm sido difícil manter o hospital funcionando bem, mas sem a ajuda da associação, não poderíamos estar humanizando o hospital", revela, referindo-se às reformas que estão tornando o HC um local mais aprazível, que termina por acelerar a recuperação dos doentes.

Além da AAHC, outras associações voluntárias têm auxiliado o bom andamento dos trabalhos do hospital, como a Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (Apacn), a Fundação Alério Pfiffer e a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar).

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A AAHC possui 56 comissões e cada uma trabalha em um setor do hospital. Cabe a cada comissão promover ações de arrecadação e aplicá-las. "Nós somos consultados para eles saberem quais as ações necessárias, mas eles gerenciam tudo", diz Loddo.

Criada em setembro de 1986, a AAHC foi reestruturada em 1995, quando o advogado Fernando Antônio Miranda assumiu a presidência. À época, foram iniciadas campanhas para sensibilizar a comunidade a ajudar o hospital, que atende a população com referência nacional em transplantes de medula óssea e hepático, serviços de endocrinologia pediátrica, oftamologia, doenças neuromusculares e hemodinâmica.

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Por ano, a média de atendimento do HC é de 1 milhão de pacientes. "Cidadãos comuns, industriais, voluntários e um exército de amigos não têm cruzado os braços. É possível fazer algo para reverter a situação do HC, e oferecer um futuro mais justo", diz Miranda. Mais informações sobre a AAHC podem ser obtidas no site www.amigosdohc.org.br.